"Nem a Holanda, nem a Bélgica parecem ter entendido o que os jihadistas representam", disse Erdogan segundo o trecho de uma entrevista que será divulgada nesta quinta-feira.
"Convocámos a adoção de uma posição comum contra o terrorismo, e muitos países europeus não deram a este apelo a importância que merece", explicou o dirigente turco. "Os países ocidentais ignoraram-nos. Não responderam às nossas expectativas em matéria de troca de informação de inteligência", acrescentou.
As autoridades belgas foram acusadas de neglicência na luta contra o terrorismo, depois dos atentados de 22 de março, em Bruxelas, que deixaram 32 mortos e 340 feridos.
O governo turco critica especialmente a Bélgica por ter ignorado as informações que transmitiu sobre o perfil do "combatente terrorista" Ibrahim el Bakraoui, que detonou os explosivos no aeroporto de Bruxelas e que tinha sido preso anteriormente por Ancara perto da fronteira síria.
No dia em que os turcos o expulsaram para Amsterdão, em julho de 2015, as autoridades de Ancara avisaram as embaixadas belga e holandesa. Nenhum serviço de segurança esperou El Bakraoui à sua chegada à Europa e ele desapareceu dos radares.
Segundo o governo holandês, El Bakraoui pode ter entrado no país porque não estava na lista de pessoas suspeitas e não era conhecido pelas autoridades.
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