“Vejo com dor o que está acontecendo na América Central, milhares dizem que já existem mais de oito mil homens e mulheres da América Central que iniciaram uma grande marcha em direção aos Estados Unidos, trazendo a sua dor, a sua miséria, a sua pobreza”, disse Nicolás Maduro durante um evento político em Caracas.
Num discurso transmitido obrigatoriamente por todas as emissoras de rádio e televisão, o Presidente venezuelano disse que o “capitalismo neocolonialista” é responsável por esta crise migratória que começou há uma semana, quando milhares de hondurenhos iniciaram uma marcha pela América Central em direção aos Estados Unidos, onde esperam encontrar empregos e escapar da violência que sofrem nos seus lugares de origem.
Também no sábado, o Presidente das Honduras, Juan Orlando Hernández, afirmou que esta era uma situação “sem precedentes”.
Juan Orlando Hernández esteve reunido com o Presidente da Guatemala, Jimmy Morales, tendo acordado por em prática um “plano de regresso seguro”, para que pelo menos três mil hondurenhos voltem ao seu país.
“Nas Honduras e na região da América Central sempre existiu migração (…), mas o que vimos nestes dias não tem precedentes”, sublinhou Hernández.
Esta grande movimentação de migrantes, que mobiliza famílias inteiras, começou quando cerca de dois mil migrantes hondurenhos saíram a pé de San Pedro Sula, a cerca de 180 quilómetros a norte da capital das Honduras, Tegucigalpa, em resposta a um apelo publicado nas redes sociais.
Fugir da miséria, da violência de grupos criminosos organizados nas Honduras e alcançar o ‘sonho americano’ são as principais motivações destas pessoas.
A caravana foi apelidada de “Marcha dos Migrantes” por vários países da América Central.
Esta semana, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou fechar a fronteira com o México, se as autoridades mexicanas não bloquearem o avanço da caravana de migrantes.
Trump ameaçou também cortar a ajuda financeira que Washington fornece às Honduras, a El Salvador e à Guatemala caso não detivessem a marcha dos migrantes.
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