De acordo com notícias divulgadas esta manhã, espera-se que a mulher do presidente da Ucrânia, Olena Zelenska, represente o país no funeral da Rainha na segunda-feira, como sinal da gratidão pelo apoio que o Reino Unido deu às forças ucranianas.

Não seria uma hipótese Volodymyr Zelensky marcar presença, uma vez que a viagem seria considerada perigosa.

Segundo o The Guardian, um porta-voz do n.º 10 apontou que "há relatos em volta de vários indivíduos", mas "o Palácio foi claro sobre não divulgar uma lista de convidados".

Assim, Downing Street também não confirma nomes de convidados "por razões de segurança".

Segundo uma lista divulgada pela Reuters e pela BBC, uma série de líderes mundiais, membros da realeza e outros dignitários vão estar presentes no funeral, na segunda-feira.

A Rússia está entre os países que não foram convidados, o que levou o Ministério das Relações Exteriores a referir que a decisão teve "fins geopolíticos".

"Vemos essa tentativa britânica de usar a tragédia nacional, que tocou o coração de milhões de pessoas em todo o mundo, para fins geopolíticos, para acertar contas com nosso país... como profundamente imoral", disse a porta-voz do Ministério, Maria Zakharova, num comunicado, salientando que "isto é particularmente blasfemo contra a memória de Isabel II".

Refira-se que as relações entre os dois países estão num ponto de ruptura desde o início da ofensiva na Ucrânia. Além da Rússia, também a Bielorrúsia e Myanmar foram excluídos do funeral da Rainha.

O Reino Unido cumpre atualmente um período de luto nacional na sequência da morte de Isabel II, que morreu aos 96 anos em 8 de setembro, após mais de 70 anos de reinado, o mais longo da história do Reino Unido.

Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assumiu aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.