May destacou esta prioridade durante a sua intervenção no congresso anual, em Londres, da Confederação da Indústria Britânica (CBI), sublinhando perante os empresários “as oportunidades oferecidas pelo ‘Brexit'” [saída do Reino Unido da UE].
“Quero um acordo rápido para os nacionais europeus no Reino Unido e para os britânicos no estrangeiro”, afirmou a primeira-ministra, que respondeu assim à preocupação do setor de que saída da UE pode implicar uma escassez de mão-de-obra qualificada.
Na quinta-feira, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, garantiu que os direitos adquiridos dos portugueses residentes no Reino Unido não serão afetados pelo ‘Brexit’.
“Até ao ato da saída, se vier a ocorrer a saída nos termos que se prevê que venha a acontecer, todos aqueles que aqui estavam e que tinham os seus direitos constituídos ficarão automaticamente salvaguardados”, disse aos jornalistas.
José Luís Carneiro disse que “qualquer alteração será apenas para aqueles que vierem apenas após o ato de saída do Reino Unido”, esperando que esta informação providencie uma “garantia de tranquilidade a todos aqueles que aqui se encontram a trabalhar”.
O Governo português terá recebido estas garantias da parte de “responsáveis do processo legislativo” britânico nos últimos dias, mostrando a convicção de que “nenhum procedimento será adotado sem prévia auscultação das autoridades portuguesas”.
A primeira-ministra britânica garantiu aos empresários que vai negociar com Bruxelas um acordo “que beneficie o Reino Unido e a UE”, e insistiu que o ‘Brexit’ dá ao Reino Unido a oportunidade de se tornar no “líder mundial do comércio livre”.
Theresa May disse que o voto favorável à saída da UE, no referendo de 23 de junho, foi uma chamada de atenção de que “o capitalismo e a globalização não estão a funcionar para todo o mundo”.
O setor empresarial deve “adaptar-se e reformar-se” para garantir a distribuição da prosperidade, acrescentou.
“Precisamos de uma nova perspetiva, que permita a todos beneficiar do crescimento económico”, declarou Theresa May, sublinhando que para o Partido Conservador esta é a única maneira de preservar os interesses do capitalismo.
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