Jacinda Ardern, que liderou o Partido Trabalhista até conseguir a maioria absoluta nas eleições de 17 de outubro, disse que entre as prioridades destaca-se a resposta sanitária contínua à covid-19.
“Os próximos três anos trazem desafios muito grandes para a Nova Zelândia. O panorama global está a piorar e não seremos imunes ao contínuo impacto da covid-19 em todo o mundo”, disse, em conferência de imprensa, a política, de 40 anos.
Apesar de os trabalhistas terem conquistado 64 dos 120 lugares no Parlamento neozelandês, Ardern estendeu a mão aos verdes, com dez deputados e aliados tradicionais, para uma aliança no Governo.
A responsável anunciou que o vice-primeiro-ministro vai ser o trabalhista Grant Robertson, que também ocupará o cargo de ministro das Finanças e Infraestruturas, chave para a recuperação económica.
O Governo de Ardern vai destinar cerca de 42 mil milhões de dólares neozelandeses (cerca de 24 mil milhões de euros) ao setor das infraestruturas no âmbito da estratégica para sair da recessão em que se encontra devido ao impacto da covid-19.
A primeira-ministra neozelandesa, aplaudida internacionalmente pela gestão rápida e com medidas drásticas de resposta à pandemia no país, mantém as fronteiras internacionais fechadas desde março e confinou o país com apenas 50 casos confirmados da doença.
Durante a segunda vaga, Ardern voltou a impor o confinamento a Auckland, com 1,7 milhões de habitantes ou a cidade mais povoada da nação oceânica, entre outras medidas para travar a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Foi também criado o Ministério de Resposta à covid-19, encarregado de gerir aspetos como o controlo das fronteiras, rastreios e testes de deteção do vírus para prevenir potenciais surtos. À frente do novo ministério vai estar Chris Hipkins, antigo responsável pela pasta da Saúde.
O trabalhista Andrew Little vai ser o novo ministro da Saúde, e Nanaia Mahuta vai ser a primeira mulher na Nova Zelândia a liderar a diplomacia do país.
Como parte do acordo com o Partido Verde, Marama Davidson vai ser a ministra para a Prevenção da Violência Familiar e Sexual, bem como ministra associada da Habitação para Indigentes, enquanto James Shaw vai dirigir a pasta das Alterações Climáticas e ministro associado do Ambiente para a Biodiversidade.
Apesar da inclusão dos ‘verdes’, Ardern deixou claro não serem necessários acordo para avançar com propostas do Governo, já que os trabalhistas têm a maioria no parlamento. Esta foi a primeira vez que um partido obteve a maioria absoluta desde a reforma eleitoral de 1996.
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