Em comunicado, a CP – Comboios de Portugal adiantou que entre as 00:00 e as 08:00 de hoje foram suprimidos 20 comboios, dos quais um de longo curso, cinco regionais e 14 urbanos de Lisboa.

“A greve decretada pelo SFRCI terá impacto na circulação de comboio no país inteiro”, referiu a empresa.

A CP informa na sua página da Internet que por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, para o período compreendido entre as 00:00 do dia 06 de julho e as 23:59 de 06 de agosto, preveem-se perturbações na circulação ferroviária, em todos os serviços, com possível impacto no dia seguinte ao período da greve, a 07 de agosto.

A transportadora informa que os clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, serão reembolsados no valor total do bilhete ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.

A greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras na CP abrange o período em que decorre em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude.

Os revisores e trabalhadores das bilheteiras já tinham cumprido uma greve parcial que começou em 05 de junho e terminou na quarta-feira, para contestar a “falta de equidade” salarial na CP — Comboios de Portugal.

No dia 22 de junho, o presidente do SFRCI, Luís Bravo, tinha dito que a partir de hoje e até 10 de julho a greve é à sétima hora dos trabalhadores de Cascais e de 12 a 18 de julho abrange o trabalho extraordinário em todo o país.

Durante todo o mês os trabalhadores farão greve aos comboios especiais e aos que têm mais de oito carruagens.

De acordo com Luís Bravo, a greve vai afetar [em agosto] os comboios especiais disponibilizados pela empresa para a Jornada Mundial da Juventude.

“Estes comboios especiais são normalmente disponibilizados pela empresa para eventos especiais como concertos e neste caso vai afetar os da Jornada da Juventude, para a qual estão previstos 48 comboios especiais”, contou.

De acordo com o dirigente sindical, os trabalhadores estão “muito descontentes” com a situação que se passa na empresa.

O sindicato tem contestado o que diz ser a “falta e equidade na CP” e teme que sejam colocados em causa os postos de trabalho. A operadora já veio garantir que isso não irá acontecer, tendo chegado a acordo com os restantes sindicatos.