Mikati e Blinken estiveram reunidos em Amã, capital da Jordânia, no âmbito de um novo périplo pela região do chefe da diplomacia norte-americana que também se reuniu com ministros dos Negocios Estrangeiros árabes.

Através de um comunicado do seu gabinete, o primeiro-ministro libanês sublinhou o seu apoio ao trabalho da missão de paz das Nações Unidas, mas acentuou que a prioridade é que as forças israelitas ponham termo às suas operações em Gaza e no sul do Líbano onde os ataques cruzados com o Hezbollah são praticamente diários.

Mikati acusou ainda os militares israelitas de utilizarem armas proibidas pelo direito internacional, numa aparente referência às munições de fósforo branco, cuja utilização foi denunciada por organizações de defesa dos direitos humanos.

Antony Blinken, por seu lado, afirmou que Washington está a fazer “tudo o que é possível” para conseguir uma pausa humanitária na Faixa de Gaza embora tenha alertado que os progressos nesta área dependem da resolução da questão dos reféns atualmente nas mãos do Hamas – mais de 240, segundo dados oficiais israelitas.

Entretanto, as forças de defesa israelitas anunciaram hoje novos ataques contra posições do Hezbollah no sul do Líbano visando, entre outros, células que alegadamente tentaram disparar contra o território israelita.

Em concreto apontaram ataques contra “duas células terroristas que tentavam disparar a partir do Líbano” e a destruição de “um posto de observação” do Hezbollah, tendo o exército divulgado um vídeo sobre as ações realizadas nessa frente nas últimas horas.

A 07 de outubro, o Hamas — classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.