“O gabinete do primeiro-ministro esclarece que o Governo, tendo em consideração o período de verão, organizou e planificou em tempo o período de férias do primeiro-ministro [António Costa], bem como dos restantes membros do Governo, de forma a garantir as necessárias substituições para assegurar o normal funcionamento do Governo”, lê-se na citada nota, numa alusão a referências críticas sobre o facto de António Costa se encontrar atualmente no gozo de férias.

No mesmo comunicado, o gabinete do líder do executivo adianta que, nesse quadro de distribuição e organização de férias entre os membros do Governo, “o primeiro-ministro encontra-se no gozo de uma semana de férias, sendo substituído na sua ausência, nos termos do artigo 7.º da Lei Orgânica do XXI Governo, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros [Augusto Santos Silva]”.

“O primeiro-ministro está sempre contactável e disponível em caso de necessidade”, frisa-se ainda na nota divulgada pelo gabinete de António Costa.

O jornal I noticiou na sua edição de hoje que o primeiro-ministro “tinha férias marcadas para a primeira quinzena de julho e não as desmarcou, apesar da crise dos incêndios de Pedrógão Grande e do roubo do armamento dos paióis de Tancos”.

No plano político, hoje, em conferência de imprensa, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, após ter sido recebida em Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma alusão crítica indireta ao facto de o primeiro-ministro se encontrar no gozo de férias.

Depois de pedir a demissão dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, e da Administração Interna, Constança Urbana de Sousa, Assunção Cristas declarou: “Senhor primeiro-ministro, volte e demita-os”.