De acordo com estes resultados, 60,19% dos eleitores de Galway Leste, primeira circunscrição com a contagem feita sobre 40 existentes, disseram ser favoráveis à despenalização da legislação, atualmente uma das mais restritivas da Europa, anunciou o centro de contagem central baseado em Dublin.
A participação, até ao momento, está em 63% de votantes.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, elogiou no sábado "o culminar de uma revolução silenciosa" na Irlanda, um país com uma forte tradição católica, em que o "sim" está à frente do referendo sobre a descriminalização do aborto.
“O que vemos hoje é a culminação de uma revolução silenciosa que ocorreu na Irlanda nos últimos 10 ou 20 anos", disse Leo Varadkar no canal público RTE.
"As pessoas disseram que queremos uma Constituição moderna para um país moderno, que confiamos e respeitamos as mulheres para tomarem as decisões corretas sobre a sua própria saúde", acrescentou.
Os resultados finais devem ser revelados no final da tarde de hoje, no Castelo de Dublin, três anos após a legalização, por referendo também, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que já havia causado um terremoto cultural no país de 4,7 milhões de habitantes.
O primeiro-ministro prometeu elaborar um projeto de lei até o verão, para aprovação antes do final do ano pelo parlamento, onde o texto deve ser adotado sem dificuldade, já que os líderes dos dois principais partidos da oposição, Fianna Fail e Sinn Fein, apoiam a reforma.
O governo vai reunir-se, para tratar do assunto, na terça-feira.
O Governo irlandês defende que as mulheres sejam autorizadas a interromper a gravidez nas primeiras 12 semanas, com assistência médica certificada.
Os profissionais de saúde terão o dever de falar e debater a opção pelo aborto com a grávida, que terá de respeitar um período de três dias de reflexão. Terminado este prazo, e se mantiver a sua vontade, poder-se-á realizar a interrupção da gravidez.
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