Depois de o New York Times ter noticiado hoje que uma ex-assessora do governador o acusou de assédio sexual, a segunda alegação deste mês, Cuomo sugeriu que a procuradora-geral e a juíza chefe do tribunal de recurso, Janet DiFiore, escolhessem quem deveria assumir o comando de tal investigação.
No entanto, Letitia James reivindicou o direito conferido pela lei para que seja o seu escritório a assumir o caso.
“Não aceito a proposta do governador. O executivo estadual dá claramente ao meu gabinete autoridade para investigar o assunto assim que o governador o encaminhe”, disse Letitia James.
O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, pediu hoje às autoridades judiciais estaduais para nomearem um advogado independente para investigar as alegações de que teria assediado sexualmente duas mulheres que trabalharam para ele.
Cuomo queria que a procuradora-geral do estado de Nova Iorque e a juíza-chefe do tribunal de recurso nomeassem em conjunto um responsável pelas investigações, depois de líderes do congresso estadual terem criticado o plano do governador de pretender nomear uma juíza federal aposentada para conduzir os trabalhos.
O governador de Nova Iorque, de 63 anos, nega as alegações de ter assediado duas funcionárias que trabalharam para ele: Lindsey Boylan, 36 anos, que acusa Cuomo de a ter beijado nos lábios, sem consentimento; e Charlotte Bennet, 25 anos, que o acusa de lhe ter perguntado se ela já tinha tido relações sexuais com homens mais velhos.
No sábado, Cuomo tinha dito, num comunicado, que apenas desejava ser o mentor de Bennett e também negou as acusações de Boylan.
"O gabinete do governador deseja que a investigação às alegações de assédio sexual (…) seja feita de maneira irrepreensível", disse Beth Garvey, conselheira especial de Cuomo.
“Escolhemos a ex-juíza federal Barbara Jones, com um histórico excelente em termos de qualificações e integridade, mas queremos evitar a perceção de falta de independência ou de interferência política”, disse Garvey.
A conselheira de Cuomo explicou ainda que o gabinete do procurador democrata pediu à procuradora-geral do estado e à juíza-chefe do tribunal de recurso para “escolherem em conjunto um advogado independente e qualificado, sem filiação política, para conduzir uma investigação completa ao assunto, produzindo um relatório público”.
Garvey garantiu que o relatório “será controlado exclusivamente por esse advogado independente selecionado pessoalmente pela procuradora-geral e pela juíza-chefe”.
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