Segundo a mesma fonte, na última reunião do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) foram elaboradas listas que indicam a saída de cerca de um terço dos procuradores do DCIAP que estavam em funções, entrando, em contrapartida, uma série de novos magistrados, incluindo procuradores-adjuntos, alguns deles com experiência na investigação de casos de corrupção e demais criminalidade económica nos Departamentos de Investigação Criminal (DIAP).

Em funções no DCIAP - departamento do MP que investiga a criminalidade mais grave e complexa, incluindo casos de corrupção - vão manter-se os procuradores José Ranito (que tem o inquérito do caso BES/GES), Rosário Teixeira (do processo Operação Marquês), Cláudia Porto (caso Tancos), Inês Bonina (que investigou o caso Operação Fizz) e Rui Marques (caso Tecnoforma), entre outros.

A fonte adiantou que na lista de entradas no DCIAP estão José Ramos (atualmente no quadro complementar de Sintra e que já exerceu funções no DIAP de Lisboa) e os procuradores adjuntos David Aguilar (que integra o CSMP) e Ricardo Lamas (com experiência na investigação de casos de corrupção no DIAP de Loures).

O DCIAP é atualmente dirigido pelo procurador-geral adjunto Albano Pinto, que sucedeu há pouco mais de um ano a Amadeu Guerra, atual procurador-geral distrital de Lisboa.

Relativamente ao decidido na reunião do CSMP realizada na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República respondeu que, entre outros assuntos essencialmente relacionados com o movimento de magistrados do Ministério Público, foram "selecionados os magistrados para o DCIAP e para os DIAP distritais (regionais)", mas escusou-se a adiantar nomes, que "serão objeto de divulgação em Diário da República".