Os professores concentraram-se por volta das 11:00 da manhã em frente à Basílica da Estrela, de onde saíram cerca das 12:15, depois de ouvirem o discurso do secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que considerou a reunião de quarta-feira entre os sindicatos e o Ministério da Educação uma “vergonha”, “uma encenação barata” e “um absurdo”.
Durante a reunião, agendada no âmbito do Orçamento do Estado para 2019, o Ministério da Educação manteve inalterada a sua proposta de recuperação do tempo de serviço em que esteve congelado, cerca de dois anos e nove meses.
Mário Nogueira lembrou que “o tempo de serviço que os professores trabalharam não é moeda de troca, não é negociável”, durante o protesto organizado pela Federação Nacional dos Professores.
Esta estrutura sindical deverá apresentar, na próxima quarta-feira, um pedido de reunião suplementar para retomar as negociações.
Segundo Mário Nogueira, a proposta do Ministério, que “rouba mais de seis anos aos professores”, poderá chegar à reunião do Conselho de Ministro de 20 de dezembro, ou seja, “poderá ser uma prenda de Natal para os professores”.
Em declarações aos jornalistas, o sindicalista questionou ainda a posição do líder da bancada socialista, Carlos César, em todo este processo, uma vez que, nas ilhas, os professores conseguiram a recuperação integral do tempo de serviço e, no continente, o Governo pretende apenas recuperar menos de três anos.
Durante o desfile, ouviram-se palavras de ordem como “Ó Governo, escuta, o tempo é para contar, são nove anos quatro meses e dois dias” e “nos Açores e na Madeira há respeito pela carreira”.
No protesto, os professores exibiam caixas do correio onde estavam os postais dirigidos ao primeiro-ministro, a quem apelam por mais investimento na educação e respeito pelos professores.
Os postais foram colocados dentro de dois sacos vermelhos, fazendo lembrar os sacos do Pai Natal.
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