Entre 1.500 a 2.000 professores são esperados na iniciativa, que começa com uma concentração frente ao Ministério da Educação, seguindo-se o desfile para São Bento, onde se situa a residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, e o parlamento.
A estrutura sindical admite realizar outras manifestações de maior dimensão e recorrer à greve para reivindicar melhores condições de trabalho e de remuneração.
A concentração está marcada para as 15h00, junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, seguindo depois para São Bento, com uma faixa de 550 metros que dá “rosto” às várias reivindicações dos docentes.
A faixa de 550 metros conta com mais de mil fotografias de professores a segurarem um papel, onde está inscrita uma reivindicação específica.
Nessas fotografias, pode ler-se “Gestão democrática para as escolas”, “Horários adequados e menos alunos por turma”, “Direito à progressão”, “Nem reuniões, nem papéis” ou “Contratados não são descartáveis”, entre outras reivindicações.
A Fenprof, recordou Mário Nogueira, exige ao Governo um compromisso em relação a matérias como a regularização dos horários de trabalho e das aposentações, a garantia do descongelamento das carreiras dos professores em 2018 e a criação de novos momentos de vinculação extraordinária de docentes nos próximos dois anos. A federação sindical pretende ainda combater a municipalização do ensino e garantir uma gestão das escolas mais democrática, frisou.
“Propusemos que nos sentássemos e que o compromisso integrasse e considerasse o faseamento na resolução de alguns problemas, que são complexos e têm custos”, sublinhou Mário Nogueira, frisando que o que não pode acontecer “é não haver resposta e os problemas não terem uma solução à vista”.
O secretário-geral da Fenprof afirmou que o ministro da Educação, na reunião de 5 de abril, disse que as reivindicações dos professores “ultrapassavam a competência exclusiva do ministério” e que a solução “dependerá do Governo na sua globalidade”.
Face a essa resposta, a federação sindical decidiu fazer a concentração no Ministério da Educação, mas depois passar também pela residência oficial do primeiro-ministro, a quem já foi pedida uma reunião para o próprio dia.
Dessa forma, os professores vão envergar a faixa de 550 metros entre o Ministério da Educação e São Bento, passando também pela Assembleia da República durante o “desfile”.
De acordo com Mário Nogueira, o primeiro ano do executivo socialista, apoiado pela esquerda parlamentar, foi “um ano de sinais importantíssimos”, em que o Governo tomou medidas que acabaram com “algumas zonas de conflito”.
Essas primeiras medidas “eram de limpeza de conflito, mas sem grande custo. Quando começou a ser exigido outro tipo de investimento, as coisas aí começam a parar”, notou o dirigente sindical, considerando que a expectativa inicial “está a começar a ficar frustrada” e a “indignação começa a surgir nas pessoas”.
A Fenprof espera ter entre 1.500 a 2.000 professores na concentração e desfile marcados para terça-feira.
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