Contactado pela agência Lusa, José Marquina, da direção da Associação EuroPride Lisboa 2025, que tem a cargo a organização do evento, em conjunto com a ILGA Portugal, indicou que o programa “irá muito além do desfile pelas principais avenidas de Lisboa”.
“Haverá uma conferência sobre direitos humanos, um encontro de jovens e muitas manifestações artísticas e competições desportivas”, indicou, sobre o projeto apresentado hoje, segundo dia da reunião anual da EPOA - European Pride Organisers Association, que está a decorrer num hotel do Porto.
Vai ser a primeira vez que Portugal acolhe o EuroPride, evento europeu organizado anualmente por um país membro da EPOA desde o seu início em Londres em 1992. Nos Estados Unidos, a tradição destes desfiles tem mais de 50 anos, nomeadamente em San Francisco.
“É importante a realização do EuroPride em Lisboa porque Portugal tem ligações históricas ao Brasil, África e Ásia”, comentou à Lusa José Marquina, também presidente da Variações – Associação de Comércio e Turismo LGBTQIA+.
O responsável sublinhou que “é o acontecimento europeu mais importante desta comunidade e tão cedo não voltará a Portugal porque há sempre muitas cidades de outros países que se candidatam a acolher esta celebração lúdica e de reflexão”.
Durante a reunião de hoje no Porto, os mais de 200 delegados presentes selecionaram a cidade de Torino, na Itália, para acolher o EuroPride 2027, entre as quatro candidaturas que tinham concorrido, de Espanha, Reino Unido e Lituânia.
José Marquino indicou que o tradicional desfile, em Lisboa, deverá passar pela Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da República e Avenida da Liberdade, e as várias atividades previstas, hoje apresentadas no encontro, decorrerão em espaços culturais de Lisboa como o Cinema São Jorge e o Palácio Galveias, entre outros.
A cidade de Amesterdão irá acolher o EuroPride em 2026.
Fundada em 1994, a EPOA é a organização europeia que congrega todas as associações europeias que acolhem e organizam, anualmente, nas suas respetivas cidades, as marchas de orgulho da comunidade LGBTQIA+.
Portugal foi, em 2022, anunciado como país vencedor, com a candidatura que juntava as associações ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo, a Variações – Associação de Comércio e Turismo LGBTI de Portugal, a AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género, e a associação de jovens LGBTI Rede Ex-aequo.
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