“As pessoas gostam porque tenho tido a preocupação de preparar um bom guia com informações e com curiosidades de cada ponto. E […] a maior parte das pessoas, quer as de Lisboa, quer os turistas, veem os pontos por eles só, mas depois não têm um guia que lhes dê o percurso mais lógico para passarem por todos e até escolherem aquele em que gostariam de entrar, visitar e estar mais tempo”, disse à agência Lusa a criadora do projeto, Fernanda Marta.
Foi durante uma caminhada que a instrutora de ‘fitness’ há vários anos, e que agora gere um ginásio em Belém, teve a ideia de criar o programa.
“Quando vim morar aqui para Belém, como já praticava ginástica e atividade física regularmente, comecei a fazer caminhadas, porque não tinha muito tempo para treinar”, contou.
Em janeiro, avançou com o projeto.
O passeio começa sempre em frente do Centro Cultural de Belém, “para que os turistas que participam tenham uma boa referência”, passando por locais como a Ermida do Restelo e a Fundação Champalimaud - onde se fazem “exercícios mais ativos” de ginástica, explicou Fernanda Marta.
Depois, continua pela Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Museu da Eletricidade e Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.
De seguida, “atravessamos para o outro lado e fazemos um percurso mais ligeiro e mais explicado, porque já tem mais a ver com a parte de central de Belém e dos museus”, indicou, falando em espaços como o Museu dos Coches, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Planetário.
Fernanda Marta apontou que nestes primeiros meses “tem havido interesse na prática dos circuitos de treino, de caminhada e até de corrida”.
Porém, “tem havido mais procura por empresas ou por pequenos grupos de pessoas que se querem juntar e fazer o exercício do que propriamente pelos turistas”, assinalou.
Foi o caso de Gonçalo Santos Pinto e de Isabel Pinto, funcionários de uma agência imobiliária da zona que resolveram experimentar a caminhada turística.
“Isto é giríssimo para fazer ao final do dia ou início do dia. É uma forma de fazer desporto ao ar livre”, comentou Gonçalo Santos Pinto.
Como principal vantagem, apontou a atividade física.
“A nossa função já tem muito de caminhada de rua, mas acabamos por nos limitar ao trabalho e aqui é uma forma lúdica de fazer esse exercício físico. Depois é o convívio também, a vantagem de conhecer novas pessoas, e vamos conhecendo a zona”, referiu.
Já Isabel Martins admitiu que, no seu dia-a-dia, são poucas as vezes em que não está sentada, por isso este foi um “final de tarde diferente”, que pretende repetir.
Os participantes realçaram ainda que ficaram a conhecer a história da Ermida do Restelo, local por onde já tinham passado sem prestar atenção.
Para este passeio de quase três horas, que apenas funciona por marcação, os preços variam entre os 6,50 euros para criança, os 12,50 euros por pessoa em grupos de sete ou mais pessoas, os 18,50 euros por pessoa para grupos de três a seis pessoas, os 24,50 euros por pessoa para casais e os 50 euros por pessoa no caso de um passeio individual.
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