Estes dados foram apurados pelo projeto "InterCooLturas", resultante de uma candidatura feita pelo município de Castelo Branco e que contou com a parceria da ALAD, associação que operacionalizou no terreno, ao longo dos dois anos do projeto, um total de 13 atividades a envolver a comunidade cigana.
Atualmente, a comunidade residente no concelho de Castelo Branco é composta por um total de 718 pessoas (366 homens e 352 mulheres), que se encontram distribuídas por 13 localidades.
“Este projeto teve uma intervenção junto da comunidade cigana que queremos e temos a obrigação de integrar. A vida em comunidade obriga-nos a isto. Quando reivindicamos um direito, temos também de ter responsabilidade. É importante termos todos consciência disto”, afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.
O autarca, falava durante a sessão de encerramento do "InterCooLturas", na biblioteca municipal de Castelo Branco.
O projeto foi desenvolvido entre setembro de 2019 e termina as suas ações a 31 de dezembro de 2021, sendo que recebeu uma dotação financeira de cerca de 200 mil euros, para promover, ao longo de mais de dois anos, várias ações de formação e de sensibilização, exposições e intervenções na comunidade.
Leopoldo Rodrigues sublinhou que a comunidade cigana local está “mais integrada” do que há 20 anos.
Contudo, o autarca disse que é importante que o caminho até agora trilhado “não pare”.
“É importante que façamos uma reflexão sobre o que foi feito e aquilo que há ainda a melhorar. Esta missão não chega ao fim. É para continuar. Temos que, todos em conjunto, contribuir para a melhoria da nossa comunidade”, concluiu.
O “InterCooLturas” teve como principal objetivo a integração de pessoas de etnia cigana e serviu também para combater o abandono e absentismo escolar dos jovens, sobretudo nas famílias com raparigas ciganas.
Promoveu ainda redes de parcerias para criar pontes entre os cidadãos e as instituições, unindo as diferentes sensibilidades, prevenindo o conflito, quando necessário, atuando sobre o mesmo numa atitude mediadora entre as partes.
O balanço final do projeto, mostra ainda que foram realizadas sete sessões de sensibilização à saúde, envolvendo um total de 202 pessoas e seis ações de formação que tiveram 81 participantes.
Foi ainda realizada a exposição “Etnia no Feminino”, que esteve exposta em 10 instituições albicastrenses.
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