"A Autoridade Nacional de Proteção Civil e o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), em articulação com a Polícia Judiciária (PJ), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), confirmam a ocorrência de 45 óbitos no quadro dos incêndios florestais que afetaram Portugal, entre 15 e 16 de outubro, os quais incidiram maioritariamente nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, e cuja causa de morte e relação com os incêndios se encontram em investigação", pode ler-se no comunicado enviado às redações.

O mesmo documento acrescenta que "algumas das vítimas vieram a falecer em momento posterior em unidade hospitalar".

As centenas de incêndios que deflagraram a 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

O nome de uma das vítimas – referida nesta lista como cidadão estrangeiro – respeita "o
pedido nesse sentido dos respetivos familiares", refere a Proteção Civil.

Adianta ainda a autoridade que se "desenvolvem ainda diligências para localizar outras 2 pessoas dadas como desaparecidas. Estes desaparecidos são tidos como oriundos de Folgosinho, Guarda, e da Sertã, Castelo Branco".

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

A lista de vítimas hoje divulgada pela Proteção Civil pode ser consultada no documento oficial enviado às redações.