De acordo com o Movimento Civil de Agricultores, que promove o protesto, a A6 foi cortada nesta zona junto a Espanha pelas 06:40 “de forma pacífica e ordeira”.

Perto das 07:00, uma outra coluna de carrinhas e veículos todo-o-terreno, encabeçada por uma viatura da GNR, entrou na A6 em direção à fronteira do Caia, mas pouco depois do nó Elvas Oeste, onde tinha entrado, dois carros, um em cada faixa, pararam.

Os condutores abriram o capô dos veículos e alegaram que as viaturas estavam avariadas, impedindo a passagem do trânsito.

Já junto à fronteira do Caia, a um quilómetro de Badajoz, os agricultores pararam as viaturas nas vias e, pouco e pouco, desencadearam diálogos entre eles e partilharam alguns petiscos.

Antes, os ‘homens da terra’, vindos de vários concelhos dos distritos de Évora e Portalegre, começaram a concentrar-se antes das 05:00, na EN4, sob o ‘olhar atento’ da GNR, e, por volta das 06:20, iniciaram o protesto.

Com os tratores parados ou em circulação lenta neste troço da EN4, o trânsito ficou bloqueado, constatou a agência Lusa no local. Os tratores conduzidos por agricultores tinham os ‘pirilampos’ ligados e transportavam bandeiras portuguesas e faixas com palavras de ordem contra as políticas do Governo para o setor.

Esta ação junto à fronteira está a ser acompanhada pela GNR e Guardia Civil espanhola. Segundo João Dias Coutinho, da organização do protesto, neste local, estarão cerca de 150 tratores e 100 carrinhas.

Os agricultores estão hoje na rua com os seus tratores, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que deverá bloquear várias estradas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

[Notícia atualizada às 9:45]