O protesto foi filmado pelo sistema de gravação interno do Parlamento Europeu, mas a assembleia não divulgou as imagens através da sua página oficial na Internet.
No entanto, alguns eurodeputados registaram o incidente com as câmaras dos respetivos telemóveis e divulgaram o momento através das redes sociais.
As imagens mostram pelo menos uma dezena de pessoas junto à barreira de proteção da zona de visitantes exibindo cartazes com a fotografia de Abdullah Öcalan, um dos fundadores e líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), detido há mais de 20 anos na Turquia onde cumpre prisão perpétua.
Apesar da intervenção dos elementos da segurança do Parlamento Europeu, pelo menos dois ativistas ultrapassaram a barreira (de vidro) que separa a zona de visitantes, num ponto elevado do hemiciclo, e lançaram panfletos.
No momento da ação de protesto, os eurodeputados debatiam o novo plano industrial para o bloco europeu.
O Parlamento Europeu decidiu retirar todas as pessoas que se encontravam no hemiciclo para “tentar manter o protesto sob controlo”, segundo referiu uma das vice-presidentes da assembleia aos microfones da sala.
Dois eurodeputados espanhóis presentes na sessão disseram à agência EFE que os gritos dos manifestantes, que pediam a libertação de Abdullah Öcalan, obrigaram à suspensão dos trabalhos e à evacuação da sala.
Os ativistas curdos pedem uma atuação mais eficaz da União Europeia (UE) junto do Governo de Ancara que acusam de violar “sistematicamente” os direitos humanos.
A Turquia considera os movimentos políticos curdos “inimigos”, classificando o PKK como uma “organização terrorista”.
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