Após se deslocarem já durante a tarde do parlamento para o Ministério da Administração Interna, reuniram-se cerca de 10 minutos na Praça do Comércio (eram cerca 17:20), tendo depois continuado a desfilar pela Rua do Ouro, Rossio, Avenida da Liberdade, onde a polícia foi obrigada a cortar o trânsito, constatou a Lusa no local.

Fonte da PSP disse à Lusa que o Comando Metropolitano de Lisboa vai apresentar uma queixa ao Ministério Público, uma vez que a manifestação estava apenas autorizada para ser realizada junto do parlamento.

Ao longo do percurso desde o parlamento, gritaram palavras de ordem como “Zero”, “Cabrita rua”, referindo-se ao ministro da Administração Interna, a quem também foram dirigidos vários insultos.

O que se passou antes?

A concentração estava apenas marcada para o parlamento, onde hoje à tarde foi reforçado o policiamento, mas a liderança do Movimento Zero anunciou ao princípio da tarde que ia deslocar o protesto para o Ministério da Administração Interna, na praça do Comércio, apesar de não ter autorização.

O percurso foi iniciado pela avenida D. Carlos I, onde o trânsito não tinha sido previamente cortado, o que levou a fortes perturbações.

Já junto à avenida 24 de Julho, o protesto iniciou o caminho de retorno para a Assembleia da República, onde permanecia cerca das 16:00 e onde foi montado um cordão de segurança por elementos da PSP.

No regresso ao parlamento, o protesto ainda tentou subir a calçada da Estrela, mas foi barrado por elementos do Corpo de Intervenção pelas equipas de intervenção permanente.

Os manifestantes que tinham vestido polos de serviço já os retiraram, voltando a usar as camisolas pretas ou brancas do Movimento Zero.

A escadaria do parlamento e zonas laterais da Assembleia da República foram protegidas com gradeamentos de metal e blocos.

O que motivou o protesto?

Centenas de polícias pertencentes ao Movimento Zero concentraram-se hoje em frente à Assembleia da República para exigir a atribuição do subsídio de risco e a atualização salarial.

Com o lema "hora de agir - unidos somos a tempestade que os atormenta!" a concentração é organizada pelo movimento inorgânico Zero, que surgiu nas redes sociais, e que congrega elementos da PSP e da GNR.

Entre os principais problemas que os elementos das forças de segurança está a atribuição do subsídio de risco que o Governo prometeu até ao final do mês de junho e a atualização dos índices remuneratórios das tabelas salariais.

Nesta concentração estão ainda presentes alguns dirigentes dos sindicatos menos representativos da PSP.

(Notícia atualizada às 18h26)