Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a concelhia socialista explica que foi "puro engano" a "intenção manifestada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e pela Junta de Freguesia de Riba de Ave de reunirem com os CTT e lutarem pela reversão da medida de encerramento" do balcão dos correios, medida anunciada no início do ano pela administração daquela empresa.

Segundo afirma o PS local, "a câmara municipal e a junta de freguesia desistiram à primeira! A defesa firme dos interesses da freguesia e do concelho afinal não passaram de um frete e uma benesse aos CTT".

Os socialistas sustentam que a autarquia "em vez de esgotar todas as possibilidades de luta pela manutenção dos CTT na Vila de Riba de Ave, atendendo, especialmente, a que está em curso uma avaliação da ANACOM, decidiram assumir os encargos dos CTT em Riba de Ave, nomeadamente, através de um investimento de 60 mil euros em obras para adaptar o edifico da junta e da contratação de um funcionário".

Com aquela solução, refere o PS, "que só parece beneficiar os CTT, os contribuintes parecem pagar o mesmo serviço duas vezes: O Estado paga um serviço a uma entidade privada (CTT - privatizada pelo Governo PSD/CDS de Passos Coelho), e, de seguida, paga os custos do mesmo serviço através da câmara e da junta de freguesia".

O texto aponta ainda que a solução encontrada "não foi consensualizada pela Assembleia Freguesia de Riba de Ave, nomeadamente na Assembleia de Freguesia Extraordinária realizada em 16 de janeiro e especialmente convocada para o efeito, onde a possibilidade de a junta de freguesia passar a assegurar este serviço seria de excluir, tendo essa hipótese merecido, inclusive, total repúdio pelo Presidente da Assembleia de Freguesia, eleito pela coligação PSD/CDS".

O PS/Famalicão conclui que "este processo foi conduzido de uma forma apressada, ligeira e que só serve os interesses de uma entidade privada, os CTT".

"Temos uma câmara e uma junta de freguesia pioneiras no país a fazer fretes aos CTT, assumindo encargos e hipotecando financeiramente os municípios, em detrimento da defesa do concelho e da freguesia perante uma empresa privada (por ação de um Governo PSD/CDS tão do agrado do presidente da câmara e da presidente da junta de freguesia), que tomou uma decisão de encerramento injusta e inqualificável e que ainda vai ser beneficiada por isso, pela desoneração da prestação do serviço, da qualificação dos espaços e da afetação de trabalhadores", lê-se.