Em declarações à agência Lusa, hoje, a presidente eleita da Câmara de Almada nas eleições autárquicas de 01 de outubro, Inês de Medeiros, explicou que o acordo resulta de negociações tidas desde essa altura com os partidos que também elegeram vereadores — PSD, CDU e BE –, visando a “atribuição de pelouros e responsabilidades na Câmara”.
“Dessas negociações, no final só pudemos concluir uma coligação com o PSD”, indicou.
De acordo com Inês de Medeiros, durante os “15 dias de negociações com a CDU”, partido que liderava o município desde as primeiras eleições autárquicas em 1976, “não foi possível chegar a um acordo”.
“Tudo isto aconteceu de forma bastante natural. Às vezes não é possível chegar a acordo, não há aqui nenhuma situação anormal ou mais tensa”, observou a autarca socialista.
Situação semelhante aconteceu com o BE, segundo Inês de Medeiros: “Eles não querem assumir pelouros de maior importância porque não querem estar a executar políticas nas quais seriam decisivos, mas informaram estar disponíveis para colaborações futuras”.
Ainda assim, notou que este partido “não é decisivo, [já que] só com o BE não se formaria nenhuma maioria”.
Inês de Medeiros admitiu, contudo, que “com o desenrolar do mandato eventualmente” poderão existir novas conversações, nomeadamente com a CDU.
“Neste momento, a prioridade é estabilizar o executivo e começar a trabalhar”, referiu.
A deputada Inês de Medeiros, do Partido Socialista, conseguiu um dos maiores feitos das eleições autárquicas, vencendo a câmara de Almada à CDU.
O PS vai, contudo, governar a autarquia com um executivo minoritário, já que conseguiu apenas quatro vereadores, os mesmos que o PCP, o PSD elegeu dois e o BE um.
Questionada pela Lusa sobre os pelouros atribuídos ao PSD, Inês de Medeiros apontou que os dois vereadores sociais-democratas ficarão com “a responsabilidade de tudo o que é redes viárias, iluminações públicas, espaços verdes, inovação e plano estratégico ao nível da energia”.
Assumirão, ainda, “uma responsabilidade importante que é a presença na administração dos serviços municipalizados de água e saneamento (SMAS).
Além disso, os dois eleitos do PSD ficarão “a tempo inteiro”, adiantou a autarca.
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