Os eleitos socialistas contestaram assim a decisão anunciada na sexta-feira pela autarquia lisboeta e que vai permitir a abertura, segundo o presidente da Câmara, o social-democrata Carlos Moedas, do “maior centro de vacinação do país” na Feira Internacional de Lisboa (FIL), na zona oriental da cidade.

“No momento em que a vacinação contra a covid-19 está concentrada na inoculação de maiores de 65 anos, incluindo milhares de idosos com mais de 80 anos, a decisão da CML [Câmara Municipal de Lisboa] de concentrar o processo em apenas dois centros é um erro que importa reverter”, consideraram os vereadores num comunicado.

Os representantes justificaram a sua oposição à existência de um único centro de vacinação e o encerramento dos restantes, exceto o da Ajuda, por a medida “descurar a proximidade” quando o processo vacinal está atualmente a inocular os “mais idosos e pessoas com maior dificuldade de locomoção”.

“O encerramento nos próximos dias de três unidades ainda em funcionamento, incluindo uma no edifício dos Serviços Sociais da própria CML, obriga os lisboetas mais idosos a terem de fazer pesadas e morosas deslocações para poder ser vacinados – incluindo viagens até 18 quilómetros”, argumentaram.

No seu entender, “não faz sentido” que Lisboa “passe de nove centros de vacinação para dois no preciso momento em que as autoridades de saúde estão a aumentar o número de grupos-alvo abrangidos pelo reforço” com uma terceira inoculação contra a covid-19.

A medida teve ainda como consequência, sublinharam, o “adiamento, entre sete e 10 dias, da vacinação dos milhares de idosos que já tinham data agendada para o Estádio Universitário, Serviços Sociais da CML ou Picadeiro Real”.

“Os vereadores do Partido Socialista na CML solicitam que o presidente da autarquia suspenda o encerramento de unidades em funcionamento, principalmente do centro que funciona em instalações da própria autarquia no Areeiro, e considere a abertura urgente de uma nova unidade de vacinação no centro de Lisboa, ou de centros onde já foram vacinados milhares de pessoas, como o Centro Hindu no Lumiar, facilitando a deslocação e vida de milhares de lisboetas”, apelaram.

A autarquia anunciou na sexta-feira a criação de “um grande centro” no Parque das Nações e o encerramento dos restantes, com exceção do da Ajuda, para “reforçar a capacidade de vacinação na cidade de Lisboa”.

O centro vai funcionar no Pavilhão 4 da FIL, com 60 postos e uma capacidade para realizar até 9.000 inoculações contra a covid-19 ou gripe por dia, indicou a autarquia.

A abertura deste novo centro de vacinação na FIL, a partir de quarta-feira, já tinha sido anunciada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), na segunda-feira anterior

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