No concelho da Moita, os socialistas garantiram a presidência da Câmara Municipal com um total de 9.257 votos, mais 1.122 do que a CDU. Socialistas e comunistas têm o mesmo número de eleitos (quatro), a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/A/PDR perdeu o único vereador daquela área política, tal como o BE, e o Chega elegeu o seu primeiro vereador na Moita.

O candidato do PS, Carlos Rodrigues Albino, conseguiu 37,63% dos votos e quatro mandatos, enquanto o atual presidente, Rui Garcia (CDU), somou 33,07% dos votos e também quatro mandatos.

Rui Garcia é também o atual presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal.

O Chega ficou em terceiro lugar, com 8,97% dos votos e um mandato.

A Câmara da Moita sempre pertenceu à CDU, com maioria absoluta até 2017.

 No Barreiro, o PS alcançou uma vitória estrondosa ao garantir sete dos nove eleitos para a Câmara Municipal, sendo os restantes dois eleitos da CDU (eram quatro no anterior mandato), e o PSD perdeu o seu único vereador no executivo camarário.

 Sem surpresa, o PS manteve também as maiorias absolutas nos concelhos de Alcochete e de Sines, mas perdeu a maioria absoluta no Montijo, onde, apesar de tudo, segurou a presidência do município.

Os resultados no Montijo são ainda provisórios devido a um problema na contagem de votos numa mesa da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, mas segundo o presidente da Junta de Freguesia do Montijo e Afonsoeiro, a recontagem, que deverá ser feita ainda hoje, não põe em causa os resultados já apurados, de três eleitos para o PS, dois para o PSD e dois para a CDU.

Almada era o concelho onde se adivinhava uma luta mais renhida entre o PS e a CDU, mas as primeiras projeções da noite eleitoral anteciparam desde logo que Inês de Medeiros iria manter a autarquia almadense. O PS acabou mesmo por aumentar, de quatro para cinco, o número de eleitos em Almada.

A CDU apostou forte na candidatura de Maria das Dores Meira para Almada, mas nem assim conseguiu reconquistar o concelho que foi um bastião comunista durante quatro décadas.

A coligação Almada Desenvolvida também saiu a perder, dado que, não obstante reunir cinco partidos - PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM -, perdeu quase dois mil votos e um dos dois vereadores eleitos apenas pelo PSD, nas autárquicas de 2017.

Em Sesimbra, a CDU perdeu um eleito e a maioria absoluta, concelho que também vai passar a ter um vereador do Chega. O PSD concorreu sozinho e não foi capaz de manter o vereador eleito em 2017 pela coligação PSD/CDS-PP.

Em Palmela e no Seixal, a CDU segurou os dois municípios com maioria relativa, sendo que no Seixal o Chega também garantiu um vereador, deixando o BE de fora do executivo camarário.

Na capital do distrito, a saída obrigatória de Maria das Dores Meira, impedida de se recandidatar em Setúbal por já ter cumprido três mandatos consecutivos, pode ter contribuído para que a CDU tivesse perdido 7.113 votos, e a maioria absoluta, face ao resultado e 2017. A CDU passou de 7 para apenas 5 eleitos, tendo perdido um vereador para o PS, outro para o PSD.

O PS, que foi, mais uma vez, o maior vencedor das eleições autárquicas na região de Setúbal, fica com a presidência de um total de seis municípios – Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Sines -, apenas menos um do que a coligação liderada pelo PCP.

A CDU mantém a presidência nas câmaras municipais de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.

Embora com menos uma câmara Municipal do que a CDU, o PS é agora o partido com maior número de votos no distrito, mas os números exatos da vitória socialista ainda não são conhecidos devido ao problema na contagem que se verificou no Montijo.

O PS passa a ser também a força política com maior número de mandatos no distrito de Setúbal, 47, a que se seguem a CDU com 42, PSD com 4, Chega com 3, um eleito pelo BE, um eleito pela coligação PSD/CDS-PP/A/MPT/PPM, um eleito pela coligação PSD/CDS-PP e ainda três eleitos por Grupos de Cidadãos.

O estreante Chega não só garantiu a eleição de três vereadores, na Moita, no Seixal e em Sesimbra, como ficou à frente, ou muito perto, do BE em grande parte dos municípios do distrito de Setúbal.