Era uma notícia já avançada por vários órgãos de comunicação social e hoje António Costa confirmou-a. O ministro Pedro Marques será o cabeça-de-lista socialista às eleições europeias de 26 de maio.
Foi com este anúncio que o primeiro-ministro e dirigente socialista António Costa encerrou a Convenção Europeia do PS, que hoje se realizou em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Na sua intervenção, o líder socialista considerou ainda que Pedro Marques é "um excelente quadro da geração abaixo da sua", o que garante renovação. Nas funções políticas já desempenhadas, referiu Costa, Pedro Marques demonstrou conhecer bem o tecido social e o território nacional, assim como os mecanismos do acesso aos fundos comunitários.
"Escolhi alguém que está em boas condições de dar continuidade à boa tradição dos cabeças de lista europeus do PS, porque é alguém que conhece profundamente o país e que, durante anos, na qualidade de secretário de Estado da Segurança Social, conheceu como ninguém não só as realidades sociais, como também as instituições do terceiro setor", apontou António Costa.
De acordo com António Costa, já como ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques "conheceu com profundidade o território nacional - não há autarca com quem não tenha falado".
"Se precisamos de alguém para nos representar em Bruxelas, tem de ser alguém que conheça bem o país dos pontos de vista social e do território, não tendo dúvidas sobre as necessidades dos portugueses", alegou também o secretário-geral do PS.
António Costa defendeu ainda que Pedro Marques, no seu Governo, demonstrou "visão de futuro", estando na primeira linha da elaboração do Programa Nacional de Reformas e do Programa Nacional da Infraestruturas, na reprogramação do Portugal 2020 e na definição estratégica dos fundos comunitários do Portugal 2030.
Ou seja, o novo cabeça de lista do PS "é alguém com conhecimento profundo das instituições europeias, tendo trabalhado com elas nos domínios do Fundo Social Europeu, do FEDER ou dos fundos de coesão".
Mas o líder socialista avançou ainda com um argumento de ordem partidária, frisando que do último congresso do seu partido, em 2018, saiu a determinação de haver "uma renovação geracional".
"É altura do PS apostar nos excelentes quadros que tem na geração abaixo da minha, assegurando a renovação", argumentou.
António Costa deixou também um elogio ao cabeça de lista do PS nas últimas eleições europeias, Francisco Assis, dizendo esperar que continue empenhado ao serviço do seu partido e mostrando-se seguro que "ainda exercerá muitas funções nesta força política.
"Mas, para não quebrar a tradição, não renovámos o cabeça de lista. É sempre muito difícil escolher um cabeça de lista no PS, porque são tantos os bons e as boas candidatas. Mas se é difícil escolher, só há uma solução: Escolher", disse.
A nomeação obrigará a uma remodelação no Governo, algo que Costa já tinha confirmado, ao início da tarde, à entrada do hotel onde decorreu a Convenção.
“Já está tudo acertado com o senhor Presidente da República e a Presidência da República, no momento oportuno, anunciará as alterações que houver a fazer”, afirmou.
Costa vincou que a apresentação dos novos membros do executivo será feita na “data e hora” que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vier a fixar.
A lista completa de candidatos socialistas às eleições de 26 de maio será aprovada no próximo dia 28, em nova reunião da Comissão Política Nacional do PS.
De fora, já se sabe, ficará Francisco Assis. O cabeça de lista socialista nas europeias de 2014 revelou hoje que teve uma "conversa séria" com o líder socialista e que não integrará a lista europeia do partido, mas prometeu estar empenhado nos próximos embates eleitorais do PS.
Com Lusa
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