Palavras proferidas por Carlos César, também líder parlamentar socialista, à entrada para o 22.º Congresso Nacional do PS, que hoje se inicia na Batalha, distrito de Leiria.
Para o presidente do PS, este Congresso da Batalha vai ocorrer numa circunstância especial do ponto de vista temporal, já que antecede a realização de três eleições em 2019 - atos eleitorais que classificou como importantes.
"Na Região Autónoma da Madeira, gostaríamos de ganhar pela primeira vez. Nas europeias, queremos reforçar a esquerda europeia e todos aqueles que se batem pela convergência real. No caso das legislativas, queremos continuar um trabalho que tem dado bons resultados", sustentou o presidente do PS.
Depois, Carlos César deixou vários elogios à atuação do Governo minoritário do PS liderado por António Costa ao longo dos últimos dois anos e meio.
"Queremos continuar a beneficiar o país e as pessoas, contribuindo para o nosso crédito externo e para a confiança dos investidores, dos consumidores e dos cidadãos em geral", disse.
Interrogado se espera que o tema do processo judicial do antigo primeiro-ministro José Sócrates seja levantado ao longo dos trabalhos, Carlos César referiu que o Congresso "é um exercício de liberdade".
"Nenhum delegado é interrompido pelo que disser caso se expresse de forma correta e aceitável do ponto de vista daquilo que todos esperamos que um político ou militante de um partido o faça. Não há limitações sobre temas", começou por observar.
No entanto, de acordo com Carlos César, "aquilo que tem sido dominante no PS, tanto agora, como no passado, é que a prioridade das preocupações está justamente na avaliação da situação do país".
"Este Congresso começará da melhor forma, prestando homenagem à história de um partido com 45 anos na figura daquele que sempre foi e será a sua referência principal: Mário Soares", declarou ainda o presidente dos socialistas.
Na perspetiva de Carlos César, a homenagem que será feita a Mário Soares na abertura dos trabalhos do Congresso da Batalha "pode estender-se a todos os socialistas que, em diferentes épocas e lugares, se bateram pelo Portugal resistente, democrático, moderno, inovador, enfim pelo país que hoje existe, felizmente bem diferente daquele que existia há 45 anos".
"Este Congresso permite-nos, olhando para o passado, aprender com ele, sobretudo, no que respeita àquilo que precisamos de fazer mais e melhor no futuro", acrescentou.
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