“Entendemos que devemos fazer uma reflexão de fundo sobre a forma como um partido político deve funcionar hoje, que tem que ser seguramente diferente do que era há 40, 50 ou 60 anos atrás”, afirmou Rui Rio, em Santarém, no final de uma reunião da Comissão Política Nacional, onde anunciou a criação de uma comissão para esse efeito.
Atendendo à “crise” que considera viver-se no sistema partidário português, “com uma distância enorme dos portugueses relativamente aos partidos políticos”, Rui Rio defendeu que “os partidos têm de se adaptar”, incluindo o PSD.
Para tal, nomeará “uma comissão que vai ao longo de mais de um ano, e em paralelo com a atividade do partido, refletir sobre como é que um partido político deve funcionar hoje”, numa sociedade “completamente diferente daquela que tínhamos em 1974”.
A comissão será presidida por Pedro Rodrigues, antigo líder da Juventude Social Democrata (JSD) e terá um conselho consultivo presidido por Francisco Pinto Balsemão, que “aceitou desempenhar esta tarefa” que Rio disse ser “fundamental para o futuro do sistema político e em particular do sistema partidário português”.
A reflexão não retirará ao PSD o foco “nas eleições europeias e legislativas” afirmou o líder do partido que “em paralelo” realizará “conferências, reuniões com independentes, do PSD e de outros partidos”.
O objetivo é, concluiu Rui Rio, “dentro de um ano e meio estar em condições de fazer uma revisão estatutária que seja um reflexo daquilo que é um novo funcionamento de um partido político em Portugal”.
A reunião da Comissão Política Nacional antecedeu uma reunião com militantes do distrito de Santarém.
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