Em comunicado enviado às redações, o PSD de Viana do Castelo explica que “o desrespeito institucional do militante e vereador eleito pela coligação PSD/CDS-PP Eduardo Teixeira para a câmara municipal, para com a comissão política, tem vindo a ser crescente, tomando posições nas reuniões camarárias contrárias às orientações políticas emanadas, em desrespeito até pelos estatutos do partido”.

A concelhia destaca ainda que “a notícia sobre a possibilidade de o militante do PSD, Eduardo Teixeira, encabeçar a lista por outro partido paira há dias na comunicação social local e nacional e inexplicavelmente nunca foi desmentida pelo próprio, manchando o bom nome do PSD”.

A Lusa tentou ouvir o vereador Eduardo Teixeira, mas sem sucesso.

Para a concelhia social-democrata liderada por Orlando Antunes, trata-se de “uma situação intolerável”, que obrigou a comissão política, “na defesa, quer dos valores do partido quer dos vianenses”, a decidir “pela retirada imediata da confiança política ao vereador e militante do PSD Eduardo Teixeira”.

Com aquela decisão, tomada na quarta-feira em reunião daquele órgão partidário, “o PSD de Viana do Castelo demarca-se de todas e quaisquer posições políticas e decisões que Eduardo Teixeira vier a tomar como vereador na Câmara de Viana do Castelo”.

Para a concelhia social-democrata, “sempre que Eduardo Teixeira esteve presente nas reuniões da comissão política, onde tem lugar por inerência e para as quais foi sempre convocado, a sua postura foi a de condicionar a ação política desta comissão política”.

Segundo o PSD, Eduardo Teixeira, “não divulgava internamente e atempadamente a documentação de suporte aos assuntos que constam nas ordens de trabalho das reuniões do executivo camarário”, sustenta a concelhia”.

A estrutura partidária adianta que “suas posições e sentido de voto na Câmara de Viana do Castelo servem para, posteriormente, condicionar e pressionar os deputados municipais a seguirem o mesmo rumo nas suas votações”.

Para o PSD, com aquela forma de atuação, Eduardo Teixeira faz com que os deputados na Assembleia Municipal “sigam as linhas políticas da vereação e não cumpram as orientações políticas que a comissão política, estatutariamente, legitimada para o efeito, previamente lhes indica”.