O jornal Expresso noticia hoje que houve pelo menos 65 mortos no incêndio de Pedrogão Grande, enquanto os números oficiais têm apontado sempre para 64 vítimas mortais.
Face a esta notícia, a vice-presidente do PSD Teresa Morais entende que o Governo tem o dever de prestar um esclarecimento público.
“O PSD não tem suspeitas, não especula, não tem, nem tem de ter. Apenas exige ao Governo que, perante uma notícia que adensa dúvidas e preocupações na sociedade portuguesa, esclareça esta situação”, afirmou Teresa Morais à agência Lusa.
Para o PSD, “está na hora de ser divulgada a lista oficial de nomes das vítimas” do incêndio em Pedrógão Grande, bem como dos critérios para a constituição dessa lista.
“Não pode haver por parte do Governo uma gestão política da informação acerca do que aconteceu, como não pode haver por parte dos partidos em geral um objetivo de especulação ou atitude de combate político. Não é isso que pretendemos”, ressalvou.
Contudo, Teresa Morais insiste que “não se pode ignorar que um jornal de referência põe em causa o número de mortos que até agora estava estabilizado há várias semanas como sendo o número oficial”.
“O Governo devia ser o primeiro interessado em clarificar esta situação”, afirmou, dizendo que se o Governo entender ter razões para não divulgar esta informação tem de justificar porquê.
Segundo o jornal Expresso, a lista de 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande exclui vítimas indiretas. De acordo com o semanário, os critérios para elaborar a lista oficial das vítimas mortais do incêndio “excluem mortes indiretas”, designadamente a de uma mulher que foi atropelada quando fugiu das chamas.
O semanário refere que pediu a lista oficial de mortos ao Ministério da Justiça, tendo recebido a indicação de que a identificação das vítimas mortais era “informação emergente da atividade do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e da Polícia Judiciária, integrada no inquérito-crime do Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca de Leiria, que se encontra em segredo de justiça”.
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