Numa intervenção perante o 38.º Congresso do PSD, o antigo secretário de Estado da Administração Local defendeu ainda que o partido não precisa de “perder mais tempo a discutir a melhor etiqueta ideológica”, porque “isso não resolve um problema de uma família”.

“Não interessa perder tempo com isso, também não é preciso andar mais de chicote e vassoura cá dentro, o que precisamos é de cimento para construir uma alternativa em conjunto”, afirmou.

Leitão Amaro afirmou que o PSD “também não precisa de inconsistência”.

“Tenho dificuldade em perceber que, depois de termos dito todos durante sete anos que a prioridade era aliviar os rendimentos do trabalho e empresas, pomos as fichas todas num imposto sobre o consumo para depois nem sequer levar essa proposta até ao fim”, criticou, numa referência ao debate orçamental desta semana sobre o IVA da eletricidade.

“Quem é que aqui não está preocupado com os nossos resultados nas últimas três eleições, sobretudo nas áreas metropolitanas?”, questionou.

O deputado disse, por outro lado, que também todos “ficam revoltados com a estagnação, compadrio, falhas do Estado e serviços públicos decadentes” sob a governação socialista.

Antes, o eurodeputado Álvaro Amaro tinha deixado um desafio aos críticos internos para as próximas autárquicas.

“Têm de estar disponíveis para serem candidatos às câmaras, todos sem exceção, pode mesmo dizer-lhes: candidatem-se e ganhem, mas se não ganharem e fizerem um bom trabalho convide-os na mesma para ministros e secretários de Estado”, disse, vaticinando, tal como antes o eurodeputado Paulo Rangel, que Rui Rio será primeiro-ministro.

“Todos têm de estar disponíveis para eleições antes das eleições”, reforçou.