Em declarações à agência Lusa, Carlos Eduardo Reis adiantou que as razões deste sentido de voto vão ser explicadas ao Conselho Nacional que se inicia hoje às 17:00, no Porto, referindo que se prendem sobretudo com o facto de este grupo entender que “não faz sentido” realizar eleições diretos neste momento.

Carlos Eduardo Reis liderou a segunda lista mais votada ao Conselho Nacional no último congresso, tendo elegido 13 conselheiros, logo atrás da lista de unidade acertada entre o presidente do PSD, Rui Rio, e Pedro Santana Lopes.

A terceira lista mais votada, que tinha como primeiro nome o líder do PSD/Setúbal, Bruno Vitorino, crítico de Rio, conseguiu dez conselheiros.

Na semana passada, João Montenegro demarcou-se de qualquer iniciativa de destituir Rui Rio.

Integram o Conselho Nacional 136 membros: sete elementos da Mesa do Congresso (que constituem também a Mesa do Conselho Nacional), 70 membros eleitos, dez representantes da Juventude Social-Democrata, cinco representantes dos Trabalhadores Sociais-Democratas, cinco representantes dos Autarcas Sociais-Democratas, os 19 presidentes de distritais, quatro representantes das Comissões Políticas Regionais (dois dos Açores, dois da Madeira) e quatro representantes dos círculos eleitorais da emigração.

A estes somam-se “os militantes antigos Presidentes da Comissão Política Nacional” – são dez os antigos líderes ainda vivos e a militar no PSD, mas Marcelo Rebelo de Sousa tem a militância suspensa - e “os que desempenhem ou tenham desempenhado os cargos de Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro” – apenas se soma Assunção Esteves na qualidade de antiga presidente do parlamento, já que os restantes foram também presidentes do partido - e os dois antigos presidentes dos Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (Mota Amaral e Alberto João Jardim).

Nas reuniões do Conselho Nacional participam, sem direito de voto, a Comissão Política Nacional, o Conselho de Jurisdição Nacional, a direção do Grupo Parlamentar, o Coordenador do Grupo dos Deputados do PSD no Parlamento Europeu e a Comissão Nacional de Auditoria Financeira.

Dos 70 membros eleitos no Congresso, 34 foram eleitos pela lista de unidade construída entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, que já deixou o PSD e formou a Aliança.

O Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre Congressos, decide hoje, no Porto, se mantém a confiança política na direção de Rui Rio, depois de Luís Montenegro ter desafiado o líder a convocar diretas.