"Os indicadores que nós temos são que está a ser feita uma monitorização - e obviamente vamos acompanhar - e, neste momento, as referências que temos por parte da administração é que não existe problema, portanto de não alarmar a população", disse hoje Sérgio Humberto após se reunir com a administração da APDL, liderada por João Neves.
O líder da distrital do PSD mostrou-se esclarecido quanto aos resíduos que chegaram a aparecer perto da costa relacionados com a obra de extensão do quebra-mar, bem como a tonalidade de água mais escura, assegurando que "não colocam em risco a saúde da população".
"Isto é bom para tranquilizar, porque verdadeiramente havia essa dúvida", afirmou Sérgio Humberto, assegurando que esse processo "neste momento está a ser monitorizado por entidades competentes" e que a informação vinda da APDL vai no sentido das obras não criarem "alarme social".
Em causa está a extensão do quebra-mar do Porto de Leixões, que já vai próximo de um terço da execução e que no início do mês o PSD/Matosinhos sugeriu parar, alegando que já eram "visíveis os primeiros sinais negativos" da infraestrutura.
Hoje, Sérgio Humberto disse ainda ter questionado a APDL sobre a sustentabilidade financeira da empresa na sequência da realização da obra, que custa cerca de 200 milhões de euros e tem comparticipação de 30 milhões por parte do Banco Europeu de Investimentos (BEI).
"Aquilo que nos transmitiram é que não iria hipotecar investimentos futuros", apesar de uma "quebra de 15% no volume de faturação" devido ao fecho da refinaria de Matosinhos, disse Sérgio Humberto, acrescentando que a APDL garantiu que a "saúde financeira está assegurada".
Quanto à futura expansão do terminal de contentores, o também presidente da Câmara da Trofa defendeu que "é verdadeiramente necessário aumentar" o espaço para contentores.
"Não há aqui que esconder isto, isto é fundamental para o desenvolvimento da região e do país. É isto que nós vamos monitorizar, que é se verdadeiramente estão a ser envolvidas as entidades competentes. Nós pudemos aferir, através da administração, que sim", disse o responsável do PSD.
Sérgio Humberto defendeu ainda que a expansão decorra "em harmonia com a cidade de Matosinhos".
"Percebemos que há essa sensibilidade", acrescentou, dizendo que não há edifícios da APDL que irão desaparecer com a expansão, "quando verdadeiramente se pensava que poderiam ser ocupados por espaços de contentores".
O líder da distrital do PSD disse ainda que o partido se sente "muito mais tranquilo" com a atual administração, liderada por João Neves, do que com a anterior, de Nuno Araújo, falando em "falta de discussão e abertura para o diálogo" na anterior.
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