“Estou extremamente confiante de que vamos dar um exemplo de vitalidade política e democrática e que vamos vencer na primeira volta”, afirmou o ex-líder parlamentar, momentos depois de ter formalizado, na sede nacional do partido, em Lisboa, a sua candidatura, que tem como primeira subscritora a militante n.º 2 do PS, Conceição Monteiro, que foi colaboradora do fundador Francisco Sá Carneiro.

Montenegro explicou aos jornalistas, ao fundo da escada de acesso à sede, e rodeado de apoiantes, que, se vencer as diretas de 11 de janeiro, o PSD não existe “para ser parceiro do PS”.

“Não vale a pena enganar os portugueses. Não estamos aqui para ser o parceiro do PS. Estamos aqui para substituir o PS. Queremos vencer as eleições e queremos ter a nossa maioria parlamentar e darmos a Portugal um ciclo de transformação e de crescimento como já não temos desde a década de governação do prof. Cavaco Silva, de 1985 a 1995”, afirmou.

Além de Montenegro, disputam as eleições diretas o atual líder do partido, Rui Rio, e o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz.

Para ser eleito, o presidente tem de obter mais de 50% dos votos ou, caso contrário, disputam uma segunda volta os dois candidatos mais votados.

Face aos números conhecidos quanto aos militantes com quotas em dia e em condições de votar em 22 de janeiro, Luís Montenegro disse lamentar que esse universo seja reduzido - 40 mil militantes, menos 30 mil do que nas diretas de 2018.

"Apesar dessa limitação", que lamentou, o candidato a líder dos sociais-democratas disse esperar que, dentro de dois anos, quando espera ser reeleito, o número de militantes venha a ser "o dobro, o triplo ou o quádruplo".

Se na moção de estratégia afirma querer "travar" populismos, aos jornalistas Luís Montenegro foi mais telegráfico, afirmou o seu "respeito democrático" por todas as forças políticas representadas no parlamento, mas afirmou o discurso de candidato ao PSD, "maior partido da oposição", de "escrutinar a ação governativa".

O candidato explicou o que já havia escrito na moção “A força que vem de dentro" a intenção de apoiar uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, em 2021.

Independentemente de posições divergentes no passado entre o PSD e o Presidente, afirmou ainda, Marcelo é um "fator de coesão nacional" e também "um fator que externamente credibiliza o Estado português"

Luís Montenegro chegou à sede depois das 11:00, acompanhado por apoiantes como a ex-ministra Maria Luís Albuquerque, o antigo líder parlamentar Hugo Soares ou o ex-deputado Leitão Amaro e foi entregar, ao presidente do conselho de jurisdição nacional, Nunes Liberado, o dossiê laranja com a sua candidatura, cerca de 2.000 assinaturas e moção de estratégia, em papel e em "pen-drive".

(Notícia atualizada às 13h04)