Na conferência de imprensa em que apresentou um requerimento enviado a António Costa sobre a atuação das ‘secretas’ na recuperação de um portátil do ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas, Joaquim Miranda Sarmento foi questionado sobre uma outra iniciativa semelhante do PSD.

No início de março, o PSD endereçou um segundo conjunto de 14 perguntas ao primeiro-ministro sobre a alegada interferência no Banco de Portugal em benefício da empresária angolana Isabel dos Santos, depois de em novembro ter enviado um primeiro requerimento com 12 questões, às quais considerou não ter obtido respostas esclarecedoras por parte de António Costa.

Nessa ocasião, Miranda Sarmento considerou que seria uma “última oportunidade” para o primeiro-ministro esclarecer este tema e, questionado se o PSD admitia avançar para uma comissão de inquérito, respondeu que o partido mantinha “em aberto todos os instrumentos parlamentares” de que dispõe.

Hoje, questionado se estas respostas já foram dadas, o líder parlamentar do PSD respondeu afirmativamente, mas já excluindo um inquérito parlamentar.

“Essas respostas não foram totalmente esclarecedoras, mas entendemos que não era matéria para acionar esse procedimento parlamentar”, afirmou.

De acordo com o site do parlamento, as respostas do primeiro-ministro foram dadas em 13 de abril, mas têm caráter confidencial.

“A resposta foi entregue diretamente aos senhores deputados com caráter confidencial”, refere-se, apenas.

As perguntas do PSD prendiam-se com “uma eventual interferência” no “processo de idoneidade que o Banco de Portugal não concedeu à engenheira Isabel dos Santos” e também sobre a venda e resolução do Banif.