A agência Lusa constatou no local, cerca das 15:20, que um carro de marca Fiat foi mandado parar pelas autoridades, mas os ocupantes decidiram furar a operação Stop vindo a despistar-se.

Os ocupantes do veículo tentaram fugir a pé, mas foram detidos pela PSP do Porto.

Os dois homens vão ser presentes a tribunal na segunda-feira, adiantou a subcomissária da Divisão de Trânsito Cátia Moura. Até serem presentes a um juiz de instrução criminal, estes dois homens ficam nas celas da PSP do Porto, acrescentou.

Aos jornalistas, no local do incidente, Cátia Moura afirmou que o condutor, que seguia com mais uma pessoa, colocou “gravemente em perigo a vida e integridade física dos presentes”, nomeadamente, dos polícias e do presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira, que acompanhava a operação.

Dizendo tratar-se de dois jovens, a subcomissária da Divisão de Trânsito da PSP/Porto afirmou que, em causa, estão os crimes de condução perigosa, ofensa à integridade física, condução sem habilitação legal e falta de seguro.

“Um dos motivos apontados pelo condutor para fugir foi não ter carta de condução”, contou.

A estes dois detidos somam-se sete incumprimentos respeitantes à ausência de uma justificação válida para circular entre concelhos, nomeadamente entre o do Porto e o de Vila Nova de Gaia.

A subcomissária referiu terem sido aplicadas coimas de 200 euros a estes condutores.

Durante esta tarde, todos os condutores que passaram na rotunda de Bonjoia, no sentido Arrábida/Freixo, por baixo da Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, foram obrigados a parar e a justificar a sua deslocação, situação que causou longa fila de trânsito e espera.

Elisa Ferreira não foi uma das incumpridoras, mas uma das muitas que apresentaram justificação válida para “estar na rua”.

Munida de um documento da entidade patronal, esta condutora comprovou estar a trabalhar no Hospital Magalhães Lemos, no Porto, algo que o vestuário também denunciava.

“Agora vou para casa e não saio mais até segunda-feira às 17:00, hora em que volto a trabalhar”, contou aos jornalistas presentes no local da operação stop.

Queixando-se de uma espera de duas horas e meia até ser fiscalizado, dois canalizadores que seguiam no mesmo carro atestaram terem estado numa obra.

Situação semelhante foi a de Luís Filipe, que, reclamando também pelo tempo de espera, provou ao agente estar a caminho do emprego.

Nesta ação de fiscalização, que contou com cerca de 30 efetivos, a Polícia Municipal do Porto integrou as equipas de intervenção covid-19 da PSP, após uma requisição por esta autoridade.

A colaboração acontece depois de na quinta-feira o superintendente-chefe da PSP, Magina da Silva, ter enviado ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, uma carta na qual sinaliza que “o agravamento da crise pandémica […] exige das instituições uma cooperação próxima”.

A acompanhar a operação, o presidente da Câmara Municipal do Porto saudou esta junção de esforços, considerando-a uma medida “útil”.

“É a primeira vez que acontece no país”, afirmou, acrescentando que todo o efetivo da Polícia Municipal está, desde as 00:00 de sábado, sob a alçada da PSP.

Além da fiscalização da circulação rodoviária, estes agentes estão a fazer fiscalizações nas estações de metro e comboio e nas ruas.

(Notícia atualizada às 20h19)

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.