“A Federação Distrital do Porto do PS manifesta a sua satisfação com a decisão da TAP de retomar, a partir do Aeroporto Sá Carneiro, voos para importantes destinos europeus, como Barcelona e Milão” e por, em simultâneo, “introduzir novos voos diários para Londres e para Ponta Delgada”, lê-se num comunicado enviado hoje à comunicação social.

Para o PS/Porto, o tecido empresarial do Norte “tem mostrado especial dinamismo na produção de bens transacionáveis destinados à exportação” e, por isso, necessita daquelas ligações a alguns dos “mais importantes destinos económicos da Europa”.

Esta semana, num encontro com jornalistas, o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, anunciou que a companhia aérea ia lançar dois voos, bidiários, para Barcelona (Espanha) e para Milão (Itália) a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, e uma vez por dia para Londres, no Reino Unido, e Ponta Delgada, nos Açores.

Fernando Pinto referiu que os novos voos seriam um "presente para a população do Porto” e “uma prenda de Natal", bem como a contribuição da TAP "para o desenvolvimento da cidade, "um polo muito importante".

Anteriormente, em 18 de janeiro de 2016, TAP anunciara que ia suspender, a partir de 27 de março seguinte, quatro “rotas deficitárias” do Porto para diferentes cidades europeias: Barcelona, Bruxelas (Bélgica), Milão e Roma (Itália).

Desde dezembro de 2015 que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, alertava que a TAP pretendia acabar com os voos de longo curso a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro.

“Se pretendem abandonar a cidade do Porto e o aeroporto Francisco Sá Carneiro, então nós também poderemos abandonar a TAP”, avisou, na altura, Rui Moreira.

Já na última quarta-feira, o presidente da Câmara do Porto recusou que os novos voos da TAP para a região sejam “uma prenda para a cidade”, sugerindo que o que a companhia aérea quis fazer foi “corrigir o erro” do cancelamento de rotas em 2016.

“Acho que o presidente da TAP deveria explicar se esta é uma decisão comercial, e então terá de assumir que errou quando pararam essas rotas, nomeadamente as de Milão e Barcelona. Se errou, corrigiu o tiro, tudo bem, mas deve assumir que não é uma prenda, é corrigir o erro. É uma prenda para ele próprio. Ou então é por razões de serviço público”, disse Rui Moreira.

No comunicado de imprensa de hoje, o PS/Porto recorda que “sempre se manifestou contrário à decisão tomada pela TAP, em 2016, de suprimir alguns destinos” e reitera a satisfação pela “nova atitude” da TAP.

“Este processo mostra a inteira justeza e a importância de manter a empresa TAP na esfera pública, garantindo o alinhamento da sua operação com a estratégia para o desenvolvimento inclusivo do país”, conclui o PS/Porto.