“Temos a obrigação de defender esta eleição de qualquer tentativa de ingerência estrangeira”, disse o líder do Kremlin durante uma videoconferência com os líderes partidários representados na Duma, a câmara baixa do parlamento.

“Não podemos permitir, nem permitiremos, nenhum golpe à soberania da Rússia, ao direito do nosso povo a ser dono da sua terra”, assinalou.

Putin manifestou-se confiante “numa posição firme, consolidada, de Estado” por parte das formações parlamentares federais sobre esta questão.

“Considero que esta coesão patriótica é imprescindível, ainda mais para os partidos líderes, que têm uma ideologia e uma influência real na sociedade. E esse prestígio tem de ser mantido”, disse.

Na perspetiva do Presidente russo, as formações políticas devem dirigir-se, não apenas aos seus apoiantes, mas também dialogar com aqueles que não se interessam pela vida política ou que possuem perspetivas divergentes.

Putin apelou a uma campanha eleitoral “construtiva” e que “registe a cultura do diálogo, inclusive com os opositores mais intransigentes”.

Na videoconferência, e para além do chefe de Estado, participaram o presidente da Duma, Viacheslav Volodin, e os líderes dos grupos parlamentares da oficial Rússia Unida, Serguei Neverov, do Partido Comunista, Guennadi Ziuganov, do Partido Liberal Democrático, Vladimir Zhirinovski, e de Rússia Justa Serguei Mironov.

As eleições para a Duma, onde 225 dos seus 450 deputados são eleitos por listas partidárias e os restantes em circunscrições maioritárias, estão agendadas para 19 de setembro próximo.

Para aceder os lugares atribuídos aos partidos, cada formação deverá ultrapassar a barreira obrigatória dos 5% de votos.

Nas eleições de 2016, a Rússia Unida obteve 54,2% de votos e garantiu um total de 343 lugares, juntamente com os deputados das circunscrições maioritárias.