“Estes volumes serão não apenas suficientes para cobrir as próprias necessidades, atendendo aos planos de desenvolvimento da península da Crimeia, nas também para, em caso de necessidade, fornecer as regiões vizinhas”, disse Putin, segundo a televisão russa.
Com a inauguração das duas centrais, a Crimeia passa de produzir pouco mais de 1.100 megawatts para uma produção de 2.070 megawatts.
Putin admitiu que a atual produção era “absolutamente insuficiente” para fornecer energia a escolas, hospitais e habitações, e para desenvolver a indústria e o turismo local.
De acordo com o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, a entrada em funcionamento das duas centrais simboliza a plena autonomia energética do território, que está unido ao restante território da Rússia por uma ponte rodoviária e ferroviária inaugurada por Putin em maio de 2018.
As celebrações do quinto aniversário da anexação da Crimeia decorreram por todo o território da Federação russa.
A anexação foi concretizada em março de 2014 após uma intervenção de forças especiais russas, seguida de um referendo, contestado pelo ocidente, sobre a união do território à Rússia e que obteve largo apoio da população.
A anexação da Ucrânia, também apoiada largamente pela população da Rússia, seguiu-se à chegada ao poder em Kiev de dirigentes pró-ocidentais na sequência da “revolta de Maidan”.
A capital russa acolhe um festival com ateliers de cozinha, jazz e exposições de fotografias, enquanto até 10.000 pessoas vão dançar na região de Moscovo a “Valsa de Sebastopol”, uma canção popular escrita em 1955.
A passagem da Crimeia para controlo russo, conformada em 18 de março de 2014, é considerada uma “união” na Rússia e denunciada como uma “anexação ilegal” pela Ucrânia e ocidentais.
Esta decisão implicou a aplicação contra Moscovo de um conjunto de pesadas sanções europeias e norte-americanas que atingiram fortemente a economia russa.
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