Na próxima segunda-feira, o Presidente russo visitará a Arábia Saudita a convite do rei Salman bin Abdulaziz.
A viagem de Putin, que foi o primeiro líder da Rússia a visitar o país árabe em 2007, surge no seguimento da visita do rei Salman bin Abdelaziz a Moscovo em 2017, a primeira de um monarca saudita na história.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, deverá marcar presença no encontro de Putin e do rei saudita, participando na primeira reunião do Conselho Económico russo-saudita.
Embora a Rússia e a Arábia Saudita estejam em lados opostos no conflito sírio, pois o Kremlin apoiou desde o início da guerra o regime do Presidente da Síria, Bashar al-Assad, assim como o Irão, que é um forte inimigo dos sauditas, Moscovo e Riad têm-se aproximado recentemente.
Neste encontro, espera-se que sejam discutidas as medidas para estabilizar o mercado de petróleo e a colaboração em questões técnico-militares, agrícolas, industriais, energéticas e culturais.
Segundo o Kremlin, o Presidente russo mantém a proposta de fornecer à Arábia Saudita os sistemas de defesa antiaérea S-300 e S-400, discutida há mais de duas semanas em Ancara durante a cimeira sobre a Síria entre Rússia, Turquia e Irão.
Os dois países irão discutir também questões atuais como a situação no Médio Oriente e no norte de África, acrescentou o Kremlin.
No dia seguinte, Putin irá viajar para os Emirados Árabes Unidos, país que visitou anteriormente em 2007.
O Presidente russo já se encontrou dez vezes com o xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, com quem também teve inúmeras conversas telefónicas, a última em junho de 2019.
Ambos assinaram uma declaração de parceria estratégica durante a visita de Al Nahyan a Moscovo em junho de 2018, sendo que a reunião entre os dois líderes servirá para discutir o desenvolvimento da cooperação económica e comercial.
Os Emirados Árabes Unidos são um destino turístico popular entre os russos, graças à isenção de visto entre os dois países.
Durante a visita de Putin aos Emirados Árabes, serão também discutidas as situações na Síria, Líbia, Iémen e as tensões no Golfo Pérsico.
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