A declaração da QatarEnergy foi divulgada no mesmo dia que uma explosão foi registada perto de um navio que navegava próximo da costa do Iémen, embora nenhum dano ou feridos tenham sido relatados, segundo os militares britânicos.
Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque, mas as suspeitas recaíram imediatamente sobre os rebeldes iemenitas Huthis.
O Golfo de Aden e o Mar Vermelho são os locais que os Houthis estão a realizar os seus ataques, paralisando o transporte marítimo internacional. Esta é uma rota que é fundamental para a Ásia e para o Médio Oriente enviarem carga e energia para a Europa.
No entanto, o Qatar, que tem servido como mediador entre na guerra entre o Hamas e Israel, ainda não teve nenhum dos seus navios atacados.
Numa declaração, a companhia estatal QatarEnergy afirmou que a sua “produção continua ininterrupta” e o seu “compromisso de garantir o fornecimento confiável de GNL aos clientes permanece inabalável”.
“Embora os desenvolvimentos em curso na área do Mar Vermelho possam impactar o agendamento de algumas entregas, uma vez que seguem rotas alternativas, os envios de GNL do Qatar estão a ser geridos com os nossos valiosos compradores”, afirmou o comunicado.
A declaração sugere que as cargas da QatarEnergy estão agora a viajar ao redor do Cabo da Boa Esperança, em África, o que aumenta o tempo das suas viagens.
Enquanto isso, as Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido, uma organização que faz a vigilância das rotas navegáveis do Médio Oriente e supervisionada pelos militares britânicos, relataram uma explosão hoje perto do Estreito de Bab el-Mandeb, ao largo do Iémen.
A explosão aconteceu a cerca de 100 metros do navio, mas não causou danos e a tripulação está segura, disseram os britânicos.
Os Houthis têm lançado, desde novembro, ataques a navios devido à guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. Os rebeldes iemenitas dizem que os ataques são em solidariedade aos palestinianos em Gaza.
Os EUA e o Reino Unido lançaram séries de ataques aéreos contra locais suspeitos de armazenamento e lançamento de mísseis usados pelos Houthis no Iémen durante os ataques aos navios.
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