Vão ser necessários cerca de 2.500 enfermeiros, 400 médicos e 2.300 auxiliares, nomeadamente administrativos, para a campanha de vacinação em massa (que avança em abril). Serão 5.200 profissionais no total, segundo as estimativas, em números redondos, avançados pelo grupo de trabalho ao Público.

Muitos destes são profissionais trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas vai ser necessário contratar mais. Quantos mais? À publicação, a 'task force' revela que esse número ainda está a ser calculado e o Ministério da Saúde não avança com mais detalhes — assinalando apenas que, em fevereiro deste ano, havia “49.060 enfermeiros no SNS, “mais 3505” do que no mesmo mês de 2020, uma “subida de 7,69%”.

Ao Público, gabinete da ministra Marta Temido acrescenta ainda que “a contratação de enfermeiros ou de outros profissionais de saúde" para atividades relacionadas com a covid-19, em que se inclui a vacinação, “é uma matéria que depende da avaliação, caso a caso, do efectivo necessário em cada ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] e ULS [Unidade Local de Saúde]”.

100 mil vacinas por dia é o objetivo

O coordenador da ‘task force’ responsável pelo plano de vacinação para a covid-19 estimou no sábado que em abril seja possível vacinar 100 mil pessoas por dia, atendendo às remessas de vacinas que Portugal deverá receber no segundo trimestre.

“Temos o objetivo de vacinar todos os dias 100 mil pessoas e, se vierem mais vacinas, não vamos acumular vacinas, porque isso antecipa o processo de vacinação e a proteção das pessoas, e, podemos chegar às 150 mil vacinas/dia, o que é uma operação logística gigantesca”, afirmou em declarações aos jornalistas Gouveia e Melo.

Se neste primeiro trimestre, Portugal recebeu dois milhões de vacinas, a previsão para o segundo trimestre é de nove milhões de vacinas, das quais 1,8 milhões em abril e as restantes nos dois meses seguintes.

“Vamos saltar um fim de semana [o da Páscoa] para nos organizarmos e passarmos, no fim de semana seguinte, de 40 mil para 100 mil por dia”, explicou, o que requer um plano organizado com profissionais suficientes, locais de vacinação definidos e “vacinar com rapidez para não acumular vacinas”.