Um inquérito da Federação Académica do Porto (FAP), realizado entre 31 de dezembro de 2020 e 09 de janeiro de 2021, a 1.844 estudantes da academia do Porto, revela que 94 por cento (%) dos inquiridos afirmaram ter intenção de ir votar no próximo Presidente da República Portuguesa, enquanto que 4% respondeu “talvez” e apenas 2% disse que “não” iria votar no sufrágio do próximo dia 24.
Questionados sobre a frequência com que “leem, ouvem ou veem notícias sobre política”, a resposta é que quase metade (48%) dos inquiridos afirmou fazê-lo “todos os dias”.
Se se somarem os 27% dos estudantes que responderam ler, ouvir ou ver “notícias sobre política” três ou quatro dias por semana, pode considerar-se que “75% dos estudantes da Academia do Porto (três em cada quatro estudantes) se encontrem, regularmente, informados sobre assuntos políticos”, indica o documento.
Outra questão do inquérito tendo em “consideração as elevadas taxas de abstenção, e em particular a baixa participação dos jovens ao longo dos últimos processos eleitorais” foi inquirir os estudantes sobre o conhecimento das funções desempenhadas pelo Presidente da República (PR). A conclusão é que 74% da amostra presumiu estar familiarizada com os seus poderes e competências.
Contudo, quando lhes foi solicitado para assinalarem, numa lista de seis opções, um conjunto de três opções que correspondessem a funções do PR, nos termos da Constituição da República Portuguesa, apenas 56% dos estudantes responderam de forma absolutamente correta.
Sobre o grau de satisfação com o trabalho desenvolvido pelos agentes políticos, incluindo o Presidente da República, numa escala de 0 a 5, onde 0 corresponde a “nada satisfeito” e 5 a “muito satisfeito”, 52% dos estudantes encontram-se razoavelmente satisfeitos (atribuindo o valor de 3).
Outra questão do inquérito incidiu sobre a expectativa relativamente ao futuro profissional e um em cada quatro estudantes afirmou planear sair do país em busca de rendimentos mais elevados.
“Este é um dado que justifica recordar a necessidade de aumentar a retenção de profissionais qualificados – e de talento – no nosso país”, conclui o inquérito.
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