A administração de quatro das 12 novas prisões que estão a ser edificadas em São Paulo será concedida ao setor privado, declarou em conferência de imprensa João Dória, do Partido da Social Democracia Brasileira.
As oito restantes cadeias continuarão a sua fase de construção e administração pela via pública, já que os contratos estão numa fase mais avançada e já existem funcionários públicos contratados para trabalhar nelas.
Outros três complexos penitenciários que ainda estão a ser projetados serão construídos e geridos também pelo setor privado.
João Dória explicou que este modelo é baseado no sistema prisional norte-americano e que, no Brasil, apenas é seguido na cidade de Ribeirão das Neves, no Estado de Minas Gerais.
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, especificou que as 171 cadeias que já operam em São Paulo, com cerca de 230 mil presos, continuarão a ser de administração exclusivamente pública.
O sistema penitenciário brasileiro é considerado, pelas organizações internacionais, como um dos "piores" e "mais desumanos" do mundo, devido às altas taxas de sobrelotação e às condições em que os detidos se encontram.
Segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a população prisional no Brasil atinge cerca de 730 mil pessoas, o dobro da capacidade do sistema prisional.
Estes dados colocam o Brasil como o país com a terceira maior população carcerária em números absolutos do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos da América e da China.
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