Apesar do vírus que afeta cabras e ovelhas, os agricultores gregos negaram que a produção de queijo feta, um dos pilares da dieta mediterrânica, possa vir a ser fortemente afetada pelo surto em curso no país, conta o The Guardian.
"Cerca de nove mil animais tiveram de ser abatidos por causa do surto, mas isso não vai pôr em perigo as exportações de feta", disse Christos Tsopanos, um alto responsável da Associação Grega de Pecuária (SEK). "O nosso país tem 14 milhões de cabras e ovelhas, mais do que qualquer outro Estado [da UE]".
Conhecido como "peste das ovelhas e cabras" ou peste dos pequenos ruminantes, o vírus pode matar entre 80% e 100% dos animais infetados. Foi confirmado pela primeira vez na Grécia em 11 de julho.
A regulamentação da UE estabelece que, se for detetado um caso, todo o rebanho deve ser abatido. As zonas afetadas, incluindo as explorações agrícolas, têm de ser desinfetadas.
O Ministério do Desenvolvimento Rural e da Alimentação da Grécia intensificou as medidas de luta contra a doença, impondo restrições à circulação de cabras e ovelhas em todo o país. Mais de 200.000 animais foram testados para detetar a infeção.
"O reforço das medidas de segurança em todo o país é considerado necessário por razões preventivas e tem por objetivo limitar a propagação e erradicar a doença", declarou o ministério em comunicado.
Este vírus, identificado pela primeira vez em 1942 na Costa do Marfim, não afeta os seres humanos.
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