Segundo revelou hoje a organização do evento, o Azeméis Open 2023 levará assim ao distrito de Aveiro e à Área Metropolitana do Porto “a maior competição do género já realizada em Portugal”, na qual a modalidade dedicada a resolver provas com cubos de Rubik “ainda tem pouca implantação” e a realização de eventos oficiais depende da iniciativa privada de jogadores ou adeptos.
Neste caso, a prova de velocidade está a ser organizada por Pedro Azevedo, que está registado na entidade que regula a modalidade a nível internacional – a World Cube Association – e tem como recorde pessoal oficial a resolução de um cubo clássico em 6,97 segundos.
“Mas em casa, sem a pressão competitiva, já consegui resolvê-lo em 5,28 segundos”, realçou à Lusa o jogador, de 21 anos, que aprendeu a desemaranhar o cubo colorido aos 16, a partir do vídeo de um recordista na plataforma ‘online’ YouTube.
“É tudo uma questão de treino. Temos que ser rápidos de mãos e é mais fácil quantos mais algoritmos conhecermos, porque são eles que nos ajudam a saber para onde deslizar cada cor, mas o que é preciso mesmo é treinar muito”, defendeu Pedro Azevedo.
Entre as 09:00 e as 19:00, a competição com jogadores de Portugal, Espanha, Reino Unido, Angola, Brasil, Colômbia e China vai seguir as regras da World Cube Association, que terá em Oliveira de Azeméis, para fiscalização do evento, o seu delegado espanhol Jesús Lindo García.
Da lista de provas previstas consta a regularização de cores em cubos mágicos de quatro teclas por lado (2x2), de nove teclas por face (a versão clássica 3x3, que é a mais conhecida do público) e ainda de 16 teclas por faceta (4x4).
Há também testes com ‘skewb’ – os cubos ‘skewed’/distorcidos que apresentam teclas oblíquas nas esquinas – e ainda provas para fazer com olhos vendados.
Os resultados finais apresentarão os tempos únicos de cada jogador e também a sua melhor média de velocidade nos vários testes, sendo essa que determina os lugares do pódio.
“Em Portugal só vamos ter um troféu e um diploma para os vencedores, mas em Espanha há ‘vouchers’ e cartões-presente, por exemplo, e na Coreia do Sul o primeiro prémio chega a ser de 4.000 euros”, disse Pedro Azevedo.
A expectativa do organizador da iniciativa em Oliveira de Azeméis é que a modalidade possa crescer em Portugal nos próximos tempos, para o país ter representação no campeonato mundial a realizar em 2025 em Seattle, nos Estados Unidos.
“Em 2018 só houve duas provas em Portugal, em 2019 o mesmo e, depois, com a pandemia, em 2020 e 2021 não se fez nada. Este ano já houve uma iniciativa em Lisboa e agora temos esta, mas continua a ser pouco. Como a pessoa que organizava estes eventos teve que se afastar por razões pessoais, agora vou tentar eu que haja uma prova em Oliveira de Azeméis pelo menos uma vez por ano”, disse.
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