“Nestes dois últimos anos de pandemia ganhámos músculo de flexibilidade e de criatividade. Passámos dois anos, nomeadamente na Sonae MC [retalho alimentar], em que nos perguntámos todos os dias se iam ou não faltar produtos. E, na verdade, conseguimos, com muito trabalho, garantir que tivéssemos sempre produtos. Se não tivéssemos num sítio, íamos comprar a outro. E vamos sempre ser assim”, afirmou a líder da Sonae durante a apresentação de resultados do grupo, que decorreu hoje na Maia.
Lembrando que “o Continente tem 36 anos” e “já passou por vários ciclos económicos”, Cláudia Azevedo garantiu que a Sonae, seja “com marca própria ou com marca de fornecedor”, vai “tentar encontrar formas criativas de fornecer outros produtos e cabazes”.
Relativamente às limitações — atualmente em vigor quer nos super e hipermercados da Sonae, quer de outros operadores — à venda de óleo de girassol, que é importado da Ucrânia, a CEO da Sonae rejeita tratar-se de um “racionamento”.
“Não chamaria a isso racionamento, porque nós temos muito óleo alimentar de girassol nos armazéns. O que nós e vários outros operadores não quisemos foi que, por causa de alguma notícia, as pessoas comprassem 50 garrafas, quando só precisam de duas, e, aí, poder faltar. Diria que é mais moldar a procura, porque não tem faltado”, sustentou, acrescentando: “Nos nossos armazéns, para já, não falta nada e não antevemos que falte”.
Questionada pela agência Lusa sobre a possibilidade de esta prática se estender a outros produtos, Cláudia Azevedo assegurou que não está prevista.
“Só se se der uma loucura qualquer”, disse.
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