No ensino secundário, os alunos das escolas públicas melhoraram as suas médias nos exames realizados no último ano letivo, ao contrário dos estudantes dos privados, em que se registou uma ligeira descida da média, segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e trabalhados pela Lusa.

No entanto, os primeiros lugares dos ‘rankings’ continuam a ser ocupados por colégios, sendo que as escolas públicas conseguiram subir cinco lugares em relação ao ano anterior.

Assim, os primeiros 27 lugares são ocupados por colégios privados.

É no Porto que se encontram as escolas pública e privada com melhores resultados no secundário e é também o distrito do Porto que agora se destaca com a melhor média, numa comparação entre distritos.

Escolas públicas sobem no ranking das escolas mas só aparecem em 28.º lugar
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No entanto, a escola portuense que fica em primeiro lugar deste ‘ranking’ – o Colégio Nossa Senhora do Rosário - aparece também no grupo das 16 escolas que tem vindo a dar notas acima do que seria esperado, segundo um indicador definido pelo Ministério da Educação.

Também no ensino básico são os privados que lideram as tabelas das melhores classificadas nos exames, com a melhor escola pública, a Escola Secundária Infanta D. Maria, a aparecer apenas na 31.ª posição.

No 9.º ano, apesar de 60% das escolas terem média negativa nos exames, essa percentagem representa uma melhoria de 15 pontos percentuais face ao ano anterior.

Avaliando apenas o universo de escolas públicas, são 70% as que não chegam a uma média positiva.

À semelhança de anos anteriores, no ensino básico há escolas que sobem e descem quase mil lugares no 'ranking'. Este ano, a escola pública que mais subiu é a Escola Básica de Alcoutim, no distrito de Faro, que subiu 833 lugares à custa dos resultados de uma única aluna.

Desde 2012 que 16 escolas secundárias têm vindo a inflacionar as notas, uma prática mais comum entre os colégios privados (13 casos) e, geralmente, no norte do país.

Em sentido contrário, há um grupo de 21 escolas que têm vindo a dar, sistematicamente, notas abaixo do expectável e, neste caso, são quase todas públicas (16) e situam-se maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa e no centro do país.

No ano passado, em 75% das escolas do 3.º ciclo mais de metade dos alunos não conseguiu concluir o 9.º ano sem chumbar pelo menos uma vez ou sem ter negativa numa das provas nacionais, segundo um indicador criado pelo Ministério da Educação e intitulado "Processos Diretos de Sucesso".

No secundário, a situação agravou-se ainda mais: Só 15,7% das escolas teve mais de metade dos seus alunos com percursos diretos de sucesso.

As raparigas do secundário voltam a destacar-se e conseguiram ter melhores notas na maioria dos exames nacionais de 2017, com os rapazes a liderarem apenas nas disciplinas de Biologia e Geologia, Geografia, Geometria Descritiva e Inglês.

Olhando para a evolução dos últimos cinco anos, os alunos têm vindo a melhorar os seus resultados às principais disciplinas: a Biologia e Geologia, Matemática A e Português as médias nacionais subiram cerca de dois valores entre 2013 e 2017. Seis em cada dez escolas secundárias tiveram, no ano passado, média negativa no exame nacional de Física e Química.

Tal como nos anos anteriores, repetem-se as escolas com resultados mais fracos nos exames.

Também os alunos que frequentam as oito escolas portuguesas no estrangeiro continuam a ter resultados fracos nos exames, à exceção de três estabelecimentos de ensino: a Escola Portuguesa de Macau, a Escola Portuguesa de Luanda e o Colégio de São Francisco de Assis.

Este ano o Ministério da Educação disponibilizou pela primeira vez dados sobre o percurso escolar dos alunos do ensino profissional, que permitiram perceber que entre 2014-2015 e 2015-2016 aumentou o número de alunos que abandonou a escola (de 14% para 15%).

Os dados mostram também que em três anos letivos o ensino profissional perdeu quase seis mil alunos.

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