O festival, que conta com o artista Alexandre Farto (Vhils) entre os fundadores, volta este ano a ocupar um espaço ao ar livre na Matinha, de 22 a 25 de setembro, onde decorreu pela primeira vez no ano passado.

Nesta edição, o cartaz de música “engloba diversos géneros musicais, desde o hip-hop, rap, funk até ao rock e ‘world music’, entre nomes emergentes e consagrados”.

Entre os vários artistas confirmados, a organização destaca Yasiin Bey, que prevê “vir a ser um momento alto do Festival que tem no seu programa dois dos mais influentes músicos de rap a nível mundial”. O ‘rapper’ atuou pela primeira vez em Lisboa em junho de 2013, no Coliseu dos Recreios.

“Além de Yasiin Bey, junta-se ao programa a rapper norte-americana Young M. A”, lê-se num comunicado hoje divulgado.

No cartaz destaca-se também a atuação de Sam The Kid, com orquestra, e os Orelha Negra, IAM, “que revolucionou o mundo do hip-hop e do qual o seu fundador, DJ Khéops — que também fará uma atuação a solo no Iminente —, é um dos nomes mais sonantes da música urbana francesa”, ProfJam, “considerado um dos principais nomes do rap português”, Carla Prata, “voz de r&b alternativo angolano-portuguesa nascida em Londres”, Karol Conká, “rapper brasileira” e Sister Nancy, “que conta com mais de 40 anos de carreira, sendo a primeira mulher dj jamaicana de dancehall”.

No total, serão mais de 65 as atuações musicais. Entre os vários artistas que compõem o cartaz estão também Progressivu, Tristany, Juana na Rap, Puta da Silva, África Negra e Sara Correia.

Nas artes visuais serão apresentadas várias instalações ‘site-specific’ (obra pensada para um local específico), “a maioria escolhida ou criada especificamente para o festival”, por artistas como Vanessa Barragão, Rita Ravasco, Noah Zagalo, Beatriz Brum, Kampus, Superlinox, João Fortuna, Filipa Bossuet, Batida, Vhils, Wasted Rita, ±Mais Menos± e o colectivo Unidigrazz.

Nesta edição, regressam também as ‘Talks’ (conversas, em português) “sobre a cidade, sustentabilidade e o direito às cidades através da arte e da cultura”, com curadoria do investigador António Brito Guterres.

Este ano, a organização salienta “o envolvimento de múltiplos agentes culturais na construção da programação, com propostas surpreendentes que envolvem nomes como Shaka Lion, Tristany, Batida, Progressivu, Piny e as suas cúmplices dos ball rooms que invadirão o espaço do Cine Estúdio para uma noite onde dançar é a palavra de ordem fazendo um périplo por diversos géneros como o disco, waacking, house, vogue, num espaço seguro de poder da dança e da música”.

“Além de Piny contaremos também com uma parceria com o coletivo Dengo Club, referências incontornáveis nas noites nacionais, bem como as editoras Príncipe e Enchufada”, lê-se no comunicado.

No Iminente serão ainda apresentados os resultados dos ‘workshops’ que estão a ser desenvolvidos, desde junho e até setembro, em quatro bairros de Lisboa (Alta de Lisboa, Bairro do Rego, Vale de Alcântara e Vale de Chelas).

“É o caso, por exemplo, da conferência que resultará do workshop de Lúcia Afonso no Bairro da Quinta do Lavrado ou a instalação tridimensional que resultará da formação de Fidel Évora, no Bairro do PER11, entre outros”, refere a organização.

O Festival Iminente realizou-se pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Após duas edições em Oeiras, em 2018 o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde voltou a realizar-se em 2019.

Em 2020, a pandemia da covid-19 transformou-o na Oficina Iminente, uma residência artística que decorreu durante dez dias de setembro, também no Panorâmico de Monsanto, e com o público a fazer parte do processo criativo. Também em 2020, em março, durante o primeiro confinamento, o festival teve uma edição ‘online’.

O festival já se realizou também fora de Portugal: Londres (em 2017 e 2018), Xangai e Rio de Janeiro (em 2019), e Marselha (em abril deste ano).

O Iminente é coorganizado com a Câmara Municipal de Lisboa e conta com apoio à organização do coletivo Cultural Affaris, fundado por Alexandre Farto e que inclui várias plataformas culturais como o Iminente, a Underdogs, o Ephemeral / Ethernal e o estúdio Vhils, “na ligação entre artistas, marcas e parceiros, para envolver as comunidades com a cultura, enquanto veículo de mudança”.