De acordo com os dados do Relatório de Análise dos Registos da Interrupção da Gravidez de 2022, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje, dia 16 de outubro, foram registadas 16471 interrupções, mas a IG por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez manteve-se como principal motivo em todas as idades, representando 96,4% do total. A doença grave ou malformação congénita do nascituro motivou 543 IG (3,3% do total de IG por todos os motivos).
A incidência da IG (por todos os motivos) por 1.000 Nados Vivos, por Região de Saúde de residência da mulher, aumentou de 180,3 para 196,9 a nível nacional, traduzindo o aumento verificado em todas as regiões. Este indicador é utilizado para comparações internacionais, sendo que Portugal tem mantido registos abaixo da média europeia que, em 2019 (últimos dados disponíveis) era de 209,9.
A maioria das IG por opção continua a realizar-se nos estabelecimentos de saúde públicos (68,6% do total). O procedimento mais utilizado nestas unidades foi o medicamentoso (98,9%) e, no privado, continuou a ser o cirúrgico (95,3%).
O grupo etário que realizou maior número absoluto de IG e onde se registou também maior incidência, continua a ser o dos 20-24 anos, logo seguido dos 25-29 anos. A percentagem de IG antes dos 20 anos manteve os valores de 2021 (8,6%). Nas IG por opção da mulher, à semelhança de anos anteriores, a mediana de idade da mulher manteve-se nos 28 anos.
O número de mulheres não portuguesas a interromper a gravidez por opção tem aumentado ligeiramente (28,9% em 2022, 25,9% em 2021 e 24,6% em 2020), em consonância com o aumento de mulheres estrangeiras a residir em Portugal.
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