"Qualquer email, post nas redes sociais, contendo endereços de e-mail, moradas, números de telefone, contas bancárias ou nomes de funcionários ou dirigentes municipais que possa circular é por isso FALSO e não deve ser valorizado", denuncia num comunicado publicado na sua página oficial.

A autarquia refere que está a desenvolver várias ações de apoio aos hospitais, aos lares de idosos, aos cidadãos em situação de sem abrigo e a muitas outras instituições da cidade no âmbito da crise Covid-19, contudo, "não fez qualquer apelo público para que tais ofertas fossem centradas em qualquer email de funcionários ou supostos funcionários municipais".

O município salienta que "para já" não falta qualquer bem ou financiamento, nem está em causa o funcionamento de qualquer sistema vital na cidade e apela a que todos cidadãos que pretendem ajudar "apenas valorizem a informação que é difundida no portal de notícias do Porto e apenas nesse âmbito respondam a qualquer pedido de voluntariado ou outro que venha a ser feito e não foi feito".

"Por excesso de voluntarismo ou por tentativa de aproveitamento, há quem, com estes falsos apelos e pedidos, prejudique e ponha mesmo em causa a capacidade do município de atuar na sua tentativa de salvar vidas e auxiliar, em articulação com as restantes entidades, no desígnio de conter a epidemia", salienta a autarquia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.